Uso dos sistemas públicos (de ensino, saúde e transporte) e escolaridade mais elevada que a dos pais são realidade para a maioria dos alunos
A maior parte dos estudantes do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) tem escolarização mais elevada do que os seus pais. Em torno de 80% dos alunos dos 17 campi são oriundos de escolas públicas e aproximadamente 60% possuem renda familiar de até três salários mínimos. Dados como esses, que demonstram aspectos do perfil do estudante do IFRS e ao mesmo tempo o impacto social da instituição, são oriundos do primeiro questionário de diagnóstico discente. O levantamento foi respondido por quase 9 mil estudantes do Instituto entre março e junho deste ano, e os resultados começam a ser divulgados. O número equivale a 45% dos alunos dos 17 campi do Instituto (saiba mais sobre o IFRS ao final do texto).
Entre os dados destacados do diagnóstico, alguns são bastante representativos e podem auxiliar a resumir o perfil do estudante do IFRS, na opinião do pró-reitor de Ensino, Lucas Coradini. Ele salienta o uso do sistema público de saúde, do transporte público e a trajetória em escolas públicas da maioria dos discentes. Outro dado diz respeito às cotas: apesar de metade das vagas serem ofertadas por cotas, 58,9% dos alunos respondentes ingressaram pelo acesso universal – ou seja, as cotas não estão sendo utilizadas em sua totalidade. Os dados demonstraram também peculiaridades dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA): em torno de 30% têm renda familiar de até 1 salário mínimo e mais de 50% não possui computador em casa.
Os resultados completos serão utilizados para reflexões e servirão de base para ações da Reitoria e dos campi. A intenção é concretizar iniciativas que possam impactar no sucesso escolar do aluno do IFRS.
> Confira alguns dados do diagnóstico discente do IFRS
37,8% dos estudantes respondentes têm menos de 18 anos
18,5% são negros (pretos ou pardos)
53,7% não possuem plano de saúde
18,3% declararam que utilizar as redes sociais é a principal atividade de lazer
37,7% disseram já ter sofrido bullying
40% afirmaram ter escolhido o IFRS pela qualidade da instituição
18,5% disseram não possuir religião
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