Estudantes da Feevale vencem competição internacional de inovação, na França

Em Paris, na França, cinco estudantes da Universidade Feevale conquistaram o principal prêmio da Renault Experience

Na última sexta-feira, 04 de outubro, os cinco estudantes da Universidade Feevale, venceram três das cinco categorias do Concurso Twizy, da multinacional Renault juntamente com a Segula Technologies, com um modelo do carro elétrico da montadora adaptado para pessoas com dificuldades motoras.

Eles criaram um sistema pivotante em que o assento do motorista se desloca para fora do veículo. Com isso, o cadeirante consegue sair da cadeira de rodas, sentar-se ao volante e fechar o cinto de segurança do lado de fora. Depois, ele conecta a cadeira em um anexo do lado direito e pode guiar sem a necessidade da ajuda de terceiros.

Felipe Machado, estudante do curso de Design e um dos idealizadores do projeto, diz: “O desafio era buscar soluções de mobilidade para o futuro. E a gente acredita que, no futuro, seja impensável a ideia de segregar em função de limitações físicas. A gente deve parar de colocar pessoas nos porta-malas como se fossem bagagem. Dois cadeirantes, em uma mesma linha de ônibus da cidade, para um entrar, o outro tem que descer. Este sistema torna fácil a vida de quem tem ela dificultada.”

Formam o time OrniTwizy, além de Felipe, os alunos Jonata Rocha Fett e Nickolas Augusto Both (Engenharia Eletrônica), Matheus Furlan da Silva (Engenharia de Produção) e Marco Antônio Fröhlich (mestrando em Tecnologia dos Materiais e Processos Industriais). Eles criaram, também, um aplicativo para smartphones que permite ao usuário localizar carros próximos, ver o nível de bateria de cada um e ainda realizar o pagamento. Com isso, a proposta deles não serve apenas para veículos particulares, mas se adapta a sistemas de aluguel de carros.

“Criamos uma proposta de veículo que não segmenta. Não é do cadeirante. É do cadeirante e do andante. Tira o adesivão da cadeira de rodas e dá autonomia a ele”, destaca Felipe.

O grupo ainda desenvolveu um sistema logado para aceleração e frenagem manual, o que permite a qualquer pessoa com dificuldade de mobilidade (amputados ou anões) guiar o mesmo veículo que pessoas sem problemas de mobilidade. Tudo isso fez com que eles vencessem três de cinco categorias: melhor projeto, inovação e análise de custo.

“Acredito que compreendemos que as pessoas cada vez menos tem o desejo da posse, e sim a utilização de serviços”, acrescenta Felipe.

Os estudantes já iniciaram o registro do sistema e encaminharam a patente. Ele pode, em breve, se tornar uma realidade em serviços de aluguel de carros do mundo todo. Em janeiro, o grupo vai ao evento do CES 2020, da Consumer Technology Association, em Las Vegas, nos Estados Unidos, para agregar mais ideias ao invento. Até lá, comemoram os 30 mil euros e os trofeus recebidos da Renault.


 

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