Na segunda-feira, 06 de janeiro, Artur Lemos Júnior, secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado, afirmou que o governo espera colocar a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) à venda no segundo semestre desse ano.
A primeira etapa do estudo, que envolve o potencial valor a ser arrecadado com a privatização e a modelagem da negociação a ser apresentada para os investidores, foi concluída em dezembro passado. Reconhecendo o atraso, os levantamentos sobre a Sulgás e a Companhia Riograndense de Mineração (CRM) continuam preliminares e deverão ser concluídos em 2021.
“A gente acredita que até o primeiro semestre estejam reunidos os documentos. A partir desse ponto, se faz uma discussão com a sociedade, através de audiências públicas. E, com isso, teremos a CEEE livre para negociação no segundo semestre”, revelou. Ele disse que o levantamento de informações realizado até o ano passado será compilado em um relatório a ser submetido às análises, tanto das consultorias contratadas através do BNDES, quanto pelo próprio banco federal de fomento. Após as análises, um plano de negócio será apresentado para que o governo gaúcho decida sobre o valor e forma de oferta da estatal em suas divisões de Geração e Transmissão de Energia (CEEE-GT) e Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D).
“Se a gente joga para cima, corre o risco de espantar investidores. Se joga para baixo, corre o risco de desvalorizar a empresa e alcançar um resultado insatisfatório para a sociedade”, justificou Lemos Júnior, para não estimar valores da operação. Ele apontou, no entanto, que o governo projeta fechar 2020 com o incremento de receita obtido com a CEEE. “Uma receita extraordinária é um tipo de recurso livre, passível de seu uso para investimentos imediatamente após a aquisição”, concluiu.
Se o processo da CEEE está adiantado, os estudos envolvendo a Sulgás e a CRM ainda percorrem passos preliminares. Conforme o secretário, uma disputa entre concorrentes no edital para prestação da consultoria externa contratada pelo BNDES provocou o retardo no processo de avaliação da Sulgás.
“Havia quatro empresas candidatas na licitação. Aconteceu uma discussão em meio ao processo licitatório que atrasou o kick off (expressão que representa o início dos trabalhos). Isso já foi resolvido. Acreditamos que o kick off vai acontecer nos primeiros meses desse ano”.
O caso da CRM está ainda mais embaraçado. “O mercado do carvão é mais restrito e, por isso, a análise é um pouco mais difícil. Apesar disso, é necessário estabelecer um cenário bastante claro para dar valor, saber como será o uso desse energético, identificar os players e definir o mercado”, comenta.
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