Federação das Indústrias do RS foi primeira entidade empresarial a receber Nestor Forster após a aprovação de seu nome por comissão de senadores
Depois de ter seu nome aprovado por unanimidade na Comissão de Relações Exteriores do Senado, na quinta-feira, para ocupar o cargo de futuro embaixador do Brasil nos Estados Unidos, o diplomata gaúcho Nestor Forster esteve na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), nesta sexta-feira (14). Foi a primeira entidade empresarial do País que Forster visitou depois de passar pela sabatina dos senadores. Ele foi recebido pelo vice-presidente da FIERGS, Cezar Luiz Müller. Forster afirmou que o objetivo é ouvir o que a indústria tem a sugerir, seus gargalos e pontos de estrangulamento para o mercado americano, para que governo e setor privado possam trabalhar em conjunto na remoção de barreiras. “Com a economia diversificada que o Rio Grande do Sul possui, o Estado pode crescer em toda a sua pauta para o mercado americano. Queremos levar o vinho brasileiro, especificamente o gaúcho, às prateleiras das lojas dos Estados Unidos. É difícil encontrar vinho gaúcho lá, a qualidade melhorou muito com investimentos realizados nos últimos anos, temos que colher os frutos disso com o aumento de nossas exportações e a maior presença do produto vinícola”, disse, destacando também que o setor de Tecnologia gaúcho também pode crescer em sua participação nas exportações.
No Brasil, o diplomata citou a possibilidade de crescimento em outros inúmeros setores, entre eles o Aeroespacial, especialmente após o acordo de salvaguardas tecnológicas do uso da Base de Alcântara, no Maranhão; e a fruticultura.
Cezar Müller ressaltou que a FIERGS estará ao lado do futuro embaixador com o propósito de defender a indústria gaúcha. “Chegou o momento de conversarmos com os Estados Unidos de uma forma mais próxima. O que nos falta é vencermos etapas para que o nosso setor industrial possa avançar no comércio com aquele país”, observou Müller. A FIERGS colaborará com a embaixada em um mapeamento que identifique setores, suas principais demandas e barreiras para exportações aos americanos.
No ano passado, a corrente de comércio entre EUA e Rio Grande do Sul superou os US$ 2,7 bilhões, crescimento de 7,5% na comparação com 2018. O RS exportou especialmente produtos químicos orgânicos e comprou dos Estados Unidos principalmente combustíveis minerais. O país é o segundo destino das exportações gaúchas e o terceiro das importações.
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