Um estudo produzido pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) apontou uma diferença de até 5 anos na expectativa de vida média ao nascer entre regiões dos 28 Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) do Rio Grande do Sul. De acordo com os dados analisados pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE/Seplag) no documento “Expectativa de Vida RS” referentes ao período entre 2016 e 2018, enquanto uma pessoa na região do Corede Norte (que abrange o município de Erechim) tem expectativa de viver 80,10 anos, na região do Corede Campanha (no entorno da cidade de Bagé) este número cai para 75,08 anos. No Estado, a expectativa média de vida está estimada em 76,89 anos.
Os Coredes Nordeste (80,05 anos) e Serra (79,40) seguem o Corede Norte no topo do ranking, enquanto os Coredes Sul (75,13) e Fronteira Oeste (75,47) acompanham o Corede Campanha na parte de baixo da lista. O período 2016-2018 aponta ainda para um aumento de 1,3 anos na expectativa média de vida dos gaúcho (de 75,59 anos para 76,89) quando comparado com o triênio 2010-2012, o primeiro analisado no estudo pela equipe do DEE. No início da década, a diferença máxima na expectativa média de vida entre as regiões do Estado era de 3,96 anos.
Produzido pela pesquisadora da Divisão de Indicadores Conjunturais do DEE, Marilene Dias Bandeira, o documento retoma a análise do departamento sobre os dados de expectativa de vida, interrompido com a extinção da Fundação de Economia e Estatística (FEE) em 2017. Os números finais foram obtidos a partir de dados fornecidos pelo DEE, do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) – vinculado ao Ministério da Saúde, e da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul.
De acordo com Marilene, os indicadores que permitem o cálculo da expectativa de vida são importantes como instrumentos para avaliar as condições sanitárias, de saúde e de segurança de uma localidade, além de fornecer elementos para avaliação de políticas públicas em andamento.
“Este olhar com foco por Corede é importante para expor as diferenças regionais do Rio Grande do Sul e estimular o poder público e toda a sociedade a planejar e cobrar a execução de políticas públicas que beneficiem a população”, afirma.
Diferenças regionais
No Estado, no período entre 2016 e 2018, os Coredes localizados na Metade Sul dominaram a lista das regiões com menor expectativa de vida. Dos 28 Conselhos, 11 apresentaram números inferiores à média do RS (além da Campanha, Sul e Fronteira Oeste, Vale do Rio dos Sinos, Jacuí-Centro, Paranhana-Encosta da Serra, Litoral, Vale do Rio Pardo, Metropolitano Delta do Jacuí, Alto Jacuí e Centro-Sul).
Considerando o período entre 2010 e 2018, a população gaúcha apresentou um acréscimo de 1,72% na expectativa de vida ao nascer. Os Coredes Norte, Vale do Caí, Nordeste e Hortênsias foram os que apresentaram maiores crescimentos, com percentuais acima de 3%. Já os Coredes Centro-Sul, Sul e Campanha registraram as variações mais baixas, com valores abaixo de 1%.
Expectativas para homens e mulheres
Entre 2010 e 2018, a expectativa de vida média dos gaúchos teve um acréscimo de 1,3 ano, passando de 75,59 anos para 76,89 anos. Entre as mulheres o número pulou de 79,31 anos para 80,65 anos enquanto a expectativa média dos homens passou de 71,82 anos para 73,11. Óbitos por causas externas, como acidentes, homicídios e suicídios, que afetam em maior proporção a população masculina, explicam grande parte da diferença de 7,5 anos na expectativa de vida de homens e mulheres.
Coredes
Os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) foram criados oficialmente pela Lei 10.283 de 17 de outubro de 1994 e são um fórum de discussão para a promoção de políticas e ações que visam o desenvolvimento regional. Atualmente, o Estado conta com 28 Coredes, que são espaços para promoção do debate e elaboração de diagnósticos sobre a realidade local e formulação e implementação de políticas de desenvolvimento integrado das regiões.
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