Aço inox não é cor: aprenda a identificar imitações para não levar gato por lebre na compra de eletrodomésticos e utensílios de cozinha

Empresas comercializam até material de marcenaria ‘pintados com a cor inox’.   Material original é produzido a partir de ligas de ferro, carbono, titânio e revestimento de cromo

Quem busca produtos em aço inoxidável, o inox, deve manter o alerta aceso diante de práticas de mercado não idôneas que têm prometido ‘produtos em inox’ que na verdade foram produzidos com materiais de qualidade inferior. Por isso, cuidado com os termos “cor inox” ou “pintado em inox”. Isso não é aço inoxidável. 

Esse tipo de situação tem ocorrido com eletrodomésticos – fogão e geladeira, principalmente – fabricados com material e acabamento de qualidade inferior, tentando se passar por aço inox; talheres de vários modelos; panelas; papel de parede, material de marcenaria como fórmica ou MDF ou VCM e até aço carbono comum, todos revestidos da ‘cor aço inox’. Por fora, muitos produtos prontos para serem adquiridos pelo consumidor podem até ser parecidos, mas por dentro foram confeccionados com materiais de baixa qualidade e resistência inferior, que enferrujam e prejudicam tecnicamente e esteticamente a beleza dos seus produtos.

De acordo com Júlio César Di Cunto, engenheiro de Aplicação da Aperam South America, há vários tipos de aço inox no mercado – o aço inox tradicional 430, com finalidade estética e alta qualidade em acabamento, é muito usado na fabricação de talheres, utensílios domésticos, pias, cubas e revestimentos em geral. Já o aço inox 410, é aplicado onde a resistência ao desgaste é fundamental, como setores de mineração e sucroalcooleiro, não sendo premissa o apelo estético.  

 “Um dos aspectos que o consumidor deve estar atento ao desempenho dos produtos em aço inox é se eles apresentam boa resistência à corrosão. Os materiais alternativos tentam imitar o inox, mas não têm nem de perto a mesma durabilidade e qualidade final. Um eletrodoméstico na ‘cor inox’ é feito de aço carbono, mas revestido de uma coloração mais próxima do inox. A comparação é como você ter um colar de ouro (inox) e um colar de bijouteria, na cor dourado, bem parecido com o ouro. Simples assim”, explica. 

Aço inox não é tudo igual. Produtos com revestimentos cromados ou produtos de aço carbono revestidos na superfície que imitam a superfície do aço inoxidável têm qualidade diferente do aço inox verdadeiro. O aço carbono é composto apenas por ferro e carbono. Já o aço inox é formado por elementos como ferro, carbono, titânio, níquel e cromo, e a diferença na composição faz com que o inox tenha mais força e dureza. Diante disso, é importante que o consumidor se certifique com o lojista ou vendedor de que está levando um produto fabricado com aço inox mesmo.
 
“Se o aço carbono ‘pintado de inox’ sofrer um risco, ele ficará exposto e sofrerá corrosão. O inox, que naturalmente tem cromo, tem alta resistência mecânica e quando sofre alguma lesão ou arranhão, não enferruja. Além disso, para facilitar a checagem do consumidor que, na prática, pode não saber distinguir um material do outro, pode perceber que o material vendido se passando por inox tem a cor mais escura e mais apagada que o inox original e verdadeiro. O ‘pintado’ é escuro e fosco”, acrescenta o engenheiro.  

Segundo ele, muitos vendedores costumam dizer que o aço carbono é mais durável que o inox. “Isso é exagero. O carbono revestido de inox é uma estratégia de mercado e os eletrodomésticos acabam sendo vendidos pelo mesmo valor. Só que com o tempo, o consumidor vai perceber que são materiais completamente diferentes. Por isso, recomendo verificar as especificações do produto e o manual, que o acompanha. A indústria deve descrever corretamente todos os materiais que compõem os produtos comercializados. Não se deixe enganar”, conclui.

Tire essas e outras dúvidas no site Inox de Verdade, desenvolvido pela Aperam para alertar consumidores e clientes sobre as imitações cada vez mais presentes no mercado. 

Sobre a Aperam
A Aperam South America é produtora integrada de aços planos inoxidáveis, elétricos e carbono. A partir de uma gestão baseada nos valores: liderança, inovação e agilidade, consolida-se como líder no mercado brasileiro em seu segmento. Sua planta industrial, localizada em Timóteo (MG), tem capacidade produtiva total de 900 mil toneladas de aço líquido por ano. Desde 2011, integra o Grupo Aperam, segundo maior da Europa, composto de outras cinco plantas industriais na França e na Bélgica, cuja capacidade alcança 2,5 milhões de toneladas de placas de aço por ano. Utiliza 100% de carvão vegetal produzido por sua subsidiária no Vale do Jequitinhonha: a Aperam BioEnergia, que produz e comercializa energia renovável, tecnologia, mudas e sementes, a partir de florestas plantadas de eucalipto em Minas Gerais. 


Link Comunicação Empresarial | Foto: Divulgação

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