O Rio Grande do Sul apresenta até o momento a maior adesão à campanha de vacinação contra a gripe (influenza) no país: 17% dos grupos prioritários já foram imunizados. Para seguir avançando nos índices e buscando chegar a pelo menos 90% ao término da campanha, será realizado o Dia D da vacinação no sábado (13/4).
A data de abertura extraordinária das unidades de vacinação no Estado é direcionada a todos aqueles que fazem parte dos públicos elegíveis, como idosos, crianças (a partir dos seis meses a menores de seis anos de idade), gestantes, puérperas e pessoas com comorbidades.
Entre os estados que começaram a estratégia em 25 de março (todos com exceção dos estados do Norte, que começaram em novembro passado), a cobertura registrada até agora no Rio Grande do Sul é a maior no país. Com isso, fica à frente de estados como Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte (com 16%, 15% e 14% respectivamente de cobertura). A média nacional está hoje em 11%.
Ao todo, mais de 5 milhões de pessoas fazem parte dos grupos elegíveis no Rio Grande do Sul. Destas, cerca de 636 mil já foram vacinadas até agora. Confira abaixo os grupos prioritários, as populações estimadas, doses e coberturas.
Grupo prioritário: população alvo (total de doses aplicadas / cobertura vacinal)
Outros públicos elegíveis
Fonte: Painel Ministério da Saúde
A meta da campanha é vacinar, pelo menos, 90% de cada um dos seguintes grupos: crianças, gestantes, puérperas, idosos com 60 anos ou mais e povos indígenas. Para os demais grupos prioritários, considerando a indisponibilidade de estimar o número de pessoas (denominadores), não é possível definir meta de cobertura vacinal. Por isso, são disponibilizados apenas os dados de doses administradas durante a campanha.
Antecipação da campanha
Devido ao aumento do número de casos e de óbitos registrados no Estado e no país, a estratégia de vacinação contra a influenza foi antecipada. Neste ano, a campanha começou em 25 de março e vai até 31 de maio.
As síndromes gripais, como as causados pelo vírus influenza, quando levam a hospitalizações são chamadas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Em 2023, nas primeiras 14 semanas do ano (considerando as datas de início dos sintomas), ocorreram 73 registros desse tipo causados pela gripe. Neste ano, no mesmo período, foram 237 casos.
Da mesma forma, houve um incremento de óbitos. Foram 10 durante esse período no ano passado, e em 2024, até agora, já foram confirmados 18. Entre os óbitos, 16 aconteceram em pessoas com 60 anos e em 13 deles a pessoa tinha alguma comorbidade.
Os óbitos foram em residentes de Balneário Pinhal, Boqueirão do Leão, Cachoeirinha, Caxias do Sul (2), Charqueadas, Gravataí, Imbé, Nova Petrópolis (4), Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre(2), Rolante e Tunas.
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