Enjoos e dor de ouvido são algumas das situações mais recorrentes
Com o início das férias de julho, muitas famílias planejam viajar de avião com seus filhos pequenos. Para garantir a segurança e o bem-estar das crianças e bebês durante essas viagens, a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) destaca a importância de alguns cuidados específicos que ajudam a tornar esse momento mais tranquilo para os pais ou responsáveis.
O médico pediatra, Leandro Meirelles Nunes, explica o que acontece nesses casos.
“Estima-se que de 25 a 40% da população sofre com algum nível de cinetose, condição que está relacionada a desconfortos como náuseas e tontura em viagens de carro, barcos, aviões e outros meios de locomoção. Esse fenômeno é o resultado de uma incompatibilidade entre o movimento que se enxerga e a sensação percebida pelos ouvidos. Em outras palavras, é como se a área interna do ouvido estivesse dizendo ao cérebro que não estamos nos movendo, enquanto os olhos falam que estamos ou vice-versa. Aí o cérebro fica confuso e gera os sinais mistos, que são sinais de mal-estar”, afirma
Para evitar o incômodo, o médico dá algumas dicas de cuidados preventivos que podem ser tomados ao viajar.
“Primeiro, fazer refeições leves no dia anterior. Em viagem de avião ou ônibus, tentar sentar na parte da frente, claro que com crianças, às vezes essa situação não é possível, tem que ir no banco traseiro, mas preferir deixar a cabeça mais imóvel, apoiada no encosto e olhando para o horizonte. Não usar celular ou notebook durante a viagem e, se possível, apontar o fluxo do ar-condicionado na direção da pessoa. Quando for em navios, optar sempre pelo deck superior e manter o olhar no horizonte”, explica.
Outra recomendação no caso de crianças maiores é mastigar chicletes ou alimentos de preferência duros como cenoura ou maçã. A mastigação força os músculos do rosto a se movimentarem e a deglutição ajuda a diminuir a sensação de ouvido tampado. Também ajuda, forçar o bocejo. Para usar com crianças dá para fazer brincadeiras nas quais elas façam caretas ou imitem animais como jacaré ou leão. Em casos mais acentuados é possível pedir aos comissários de bordo panos aquecidos para fazer compressas que aliviam a dor. Os bebes são os que mais sofrem. Por isso em caso de criança que está sendo amamentada pode ajudar dar de mamar na decolagem, e naqueles que já tem alimentação introduzida é possível fazer eles mastigarem.
Náuseas, tontura, vômitos, dor de cabeça, palidez, sudorese, palpitações e prostração são alguns sintomas que podem ser percebidos. O médico explica que quando o diagnóstico é leve, pode se manejar através do uso de medicamentos prescritos pelo seu pediatra. Em casos mais severos ou mais constantes, vale a pena uma consulta com médico otorrinolaringologista para investigar e fazer exames complementares para ver se a causa é realmente essa.
Sobre a Sociedade de Pediatria do RS
A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica.
PlayPress | SPRS – Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul | Redação: Marcelo Matusiak
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