Organizada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), uma reunião na tarde desta quinta-feira (22/8) reuniu representantes do Movimento SOS Agro RS e de instituições financeiras que atuam no Rio Grande do Sul. Foram discutidas soluções para que produtores rurais atingidos pelas enchentes de abril e maio e pelas estiagens de anos anteriores possam acessar recursos financeiros dos bancos, prometidos pela Medida Provisória (MP) nº 1.247/2024 do governo federal, que foi regulamentada por decreto na semana passada.
Segundo o titular da Seapi, Clair Kuhn, há muitas dúvidas por parte dos produtores rurais e dos próprios bancos. “Os agricultores não estão se sentindo contemplados com as medidas adotadas pelo governo federal para solucionar os problemas de endividamento. E nem os próprios bancos estão conseguindo responder às dúvidas”, explicou. “Então, existe um descompasso entre o que foi proposto na MP e a prática. Por isso, nos reunimos com as instituições financeiras e com o movimento para que possamos esclarecer as reais necessidades e disseminar a informação.”
Um dos problemas apontados pelo grupo é a de produtores que foram afetados na prática, mas como o ponto de georreferenciamento de suas propriedades não está na mancha de inundação do Estado, não conseguem acessar o recurso.
Para esclarecer esse e outros pontos, foi criado um grupo de trabalho com representantes das instituições financeiras e de agricultores líderes do SOS Agro, técnicos e instituições como a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) e o Sistema Organização das Cooperativistas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs). O grupo montará um documento até a próxima semana e pretende entregar ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, durante a Expointer, que ocorre de 24 de agosto a 1º de setembro.
“Esclarecemos com as instituições financeiras o ponto principal de não estarmos tendo acesso à MP”, disse a coordenadora do Movimento SOS Agro RS, Graziele de Camargo. “Vamos criar uma solução no grupo de trabalho para levarmos ao governo federal e mostrarmos a importância de se resolver a questão e atender o produtor rural.”
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