Ibraoliva, Unipampa e Emater vão liderar processo que ocorrerá a partir do ano que vem
Durante evento organizado em parceria entre o Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), os olivicultores da Fronteira Oeste gaúcha discutiram questões do setor durante a terceira reunião técnica da olivicultura da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. O evento ocorreu na Casa do Sindicato Rural de São Gabriel e contou com agricultores, empresários, técnicos em extensão rural, professores, estudantes, entre outros, oriundos de 15 municípios gaúchos.
A Unipampa e a comissão organizadora da terceira reunião técnica da olivicultura solicitaram que todas as questões que envolvam a olivicultura passem a ser discutidas anualmente em um evento nacional que faça parte do calendário oficial do Ibraoliva, em razão da demanda existente e pelo interesse de todos os setores da cadeia produtiva. Nesse sentido, o presidente da entidade, Renato Fernandes, anunciou que, a partir do ano que vem, além do quarto encontro técnico da olivicultura, acontecerá de forma conjunta a primeira edição do Seminário Brasileiro da Olivicultura, “consolidando de vez a olivicultura no Estado do Rio Grande do Sul”, concluiu Fernandes.
Sobre o terceiro encontro técnico de olivicultura em São Gabriel, Fernandes destacou que foi uma grande satisfação para o Ibraoliva, que pôde presenciar o crescimento do setor, o interesse da ala acadêmica e também dos produtores. “Tivemos boas apresentações técnicas, palestrantes informando as dificuldades e as vantagens, sendo que o setor se mostra muito coeso e firme no propósito de manter a olivicultura forte no nosso estado. Nesse sentido, a Fronteira Oeste é importante na produção e na vocação para a olivicultura“, frisou Fernandes.
Conforme o professor da Unipampa, campus de São Gabriel, Igor Poletto, no terceiro encontro técnico de olivicultura os palestrantes abordaram temas como os desafios da produção frente às mudanças climáticas, comércio de azeite, oportunidades da exploração do turismo dentro da olivicultura para agregar valor à propriedade, produtos e metodologias para o controle biológico de pragas e doenças na olivicultura, além das pesquisas em olivicultura que estão sendo desenvolvidas na Unipampa, no campus São Gabriel. “Entre os estudos, destacam-se a biofortificação de azeites, prospecção de micro-organismos para controle de pragas e doenças, uso de drones para monitoramento e planejamento dos pomares”, citou Poletto. Também na oportunidade, foi anunciado que a Unipampa estará organizando o primeiro curso de formação de Mestre de Lagar do Brasil, com previsão da primeira edição para fevereiro de 2025. O lagar é um método tradicional para a extração de azeite a partir das azeitonas.
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