Palestra que trouxe um histórico das cultivares de arroz da autarquia foi tema no primeiro dia da programação da Abertura da Colheita em Capão do Leão
A Contribuição da Genética Irga na Produção de Alimentos do Pampa Gaúcho foi tema da última palestra do primeiro dia da 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas que acontece até quinta-feira, dia 20, na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS). Foi palestrante o pesquisador do Programa de Melhoramento Genético do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Oneides Antônio Avozani. A moderação ficou com Ariano Martins de Magalhães Júnior, pesquisador da Embrapa Clima Temperado.
Avozani iniciou sua palestra contando um pouco sobre a história da lavoura orizícola no Estado, lembrando que as primeiras lavouras de nível empresarial foram implantadas em Pelotas e Cachoeira do Sul e que em 1941 foi criado o Irga, vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado. Também destacou as fases do Programa de Melhoramento Genético da autarquia que passaram pelas décadas de 1960, 1970, 1980, 1990 e anos 2000 até hoje. “O Irga lançou 26 cultivares, sendo a última em 2024, que é o Irga 432. Entre os marcos da genética do Instituto na história orizícola está o material Irga 422 CL de 2002, que junto com o sistema Clearfield, deu origem ao Projeto 10, desenvolvido no Estado pelo Irga e que fez com que a nossa produção e produtividade dessem um salto, chegando a 8 mil / 8,5 mil quilos por hectare”, observou.
Conforme Avozani, em 2016, principalmente, com a entrada da semente comercial na lavoura gaúcha, “tivemos novamente um salto da área com a participação da genética Irga“. “E de lá para cá, graças ao 424, a gente permanece mais ou menos estável.” A safra 2023/2024 teve uma produção de mais de 7 milhões 190 mil toneladas, em uma área de 858 mil hectares e produtividade de 8,39 toneladas por hectare. “É importante ressaltar que de 1997/1998 para 2023/2024 nós saltamos, com a mesma área de 860 mil hectares, de uma produtividade de 4.3 para 8.4, e isso refletiu na produção total que de 3 milhões e 500 mil passou para 7,2 milhões de toneladas. E isso é contribuição da genética juntamente com manejo e outras práticas culturais agregadas”, afirmou.
A 35ª Abertura da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas é uma realização da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e correalização da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), além do Patrocínio Premium do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). O evento tem como tema “Produção de Alimentos no Pampa Gaúcho – Uma Visão de Futuro”. Mais informações pelo site colheitadoarroz.com.br.
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