Diretor-presidente do banco, Ranolfo Vieira Júnior, participou do Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional
Ao participar de primeiro encontro do ano do Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul nesta segunda-feira (28/4), o diretor-presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Ranolfo Vieira Júnior, reafirmou os compromissos da instituição com a pauta da sustentabilidade e apontou a necessidade de maior conscientização diante das crises climáticas. O evento ocorreu no Salão Nobre da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
“Há negacionistas para tudo, até mesmo para a questão climática. Hoje mesmo parte da Europa sofreu um apagão no fornecimento de energia, e a causa seria um fenômeno atmosférico raro, ou seja, está relacionado à crise climática”, alertou o presidente.
Na oportunidade, Ranolfo salientou a missão com a qual o banco atua há 64 anos, no desenvolvimento da Região Sul. “Fechamos 2024 com 82% das nossas operações alinhadas ao menos a um dos 17 ODS [Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas]. Isso demonstra nosso compromisso com o tema”, destacou. O presidente alertou, ainda, para a necessidade de se buscar soluções para a transição climática com base científica. “O conhecimento técnico é fundamental”, acrescentou.
Com o tema “Transição ecológica e seu financiamento”, o debate teve como convidado especial o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Aloizio Mercadante. Para um público que lotou o salão, Mercadante relatou o esforço realizado para socorrer as empresas do Rio Grande do Sul após a enchente de maio. Segundo ele, o BNDES disponibilizou em torno de R$ 39 bilhões em linhas emergenciais, o que demonstra o papel do setor público diante das crises climáticas.
“A transição não ocorrerá sem a participação do Estado. Pela primeira vez precisamos realizar uma mudança de matriz energética para um modelo que custa mais caro que o atual”, avaliou.
Durante a abertura do evento, o governador Eduardo Leite mencionou a importância dos debates promovidos pela Assembleia Legislativa sobre o tema e a necessidade de unir esforços diante do impacto das mudanças climáticas. “Os gaúchos têm um histórico de conflitos, mas a transição climática exige a convergência”, salientou o governador. Leite destacou a parceria do BNDES em projetos que estão sendo implementados para ampliar a capacidade de resposta aos eventos mais severos.
Como explicou o presidente da Assembleia, deputado Pepe Vargas, os debates do “Pacto RS 2025 – o crescimento sustentável é agora” irão abranger outras regiões. “O fórum é um instrumento do Parlamento gaúcho para contribuir com a construção de políticas públicas. Vamos ainda debater as questões que impactam indústria, comércio e serviços, a sustentabilidade na agropecuária e as desigualdades regionais”, disse.
Além do presidente do BRDE, o painel teve a participação, também na condição de debatedores, da reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Márcia Barbosa; do professor de Economia da UFRGS, Carlos Henrique Horn, e da professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Ana Rovelder. O debate teve a jornalista Rosane de Oliveira como mediadora.
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