O fim da fórmula pronta: por que a era das agências genéricas está com os dias contados

  • 15 de setembro de 2025
  • Sol FM

No novo ciclo do marketing digital, personalização estratégica e posicionamento claro se tornam indispensáveis para a sobrevivência das agências.

Recentes dados reforçam uma tendência clara: clientes rejeitam abordagens genéricas. Uma pesquisa da Advertising Finland publicada em janeiro de 2025 destaca que já não basta alcançar muitos, o futuro está na integração coerente entre canais, com mensagens alinhadas ao cliente e contexto real.

Para Robson V. Leite, especialista em estruturação e crescimento de agências e fundador do Agência de Valor, esse cenário representa um ponto de virada no mercado. “A agência genérica está morrendo. O cliente não quer mais pacotes, quer soluções que entendam o contexto, o momento e o desafio dele. Só quem tiver posicionamento, processo e inteligência vai sobreviver”, afirma.

Segundo ele, o erro está em querer escalar sem antes escolher um nicho, entender uma dor específica e construir um modelo que gere resultado repetível para aquele público. “A agência que vende ‘marketing digital’ no geral está fadada à comparação de preço. Agora, quem resolve um problema real com método próprio, essa sim constrói autoridade e escala com previsibilidade”, aponta.

Nesse novo ciclo, cresce a demanda por agências especialistas: não apenas em segmentos (como saúde, educação ou varejo), mas também em soluções (como retenção, recuperação de receita ou funis de vendas complexos). O mercado valoriza quem sabe aprofundar e liderar processos com domínio.

Outro ponto fundamental é a capacidade analítica. “Quem não faz diagnóstico, não tem estratégia. E sem estratégia, o conteúdo vira ruído, a mídia vira gasto e o branding vira cosmético”, alerta Robson. Para ele, o futuro é das agências que pensam como consultorias e agem com a velocidade do digital.

Essa mudança também está impactando os próprios donos de agência, que agora precisam deixar de ser apenas executores criativos para se tornarem estrategistas de negócio. “O futuro da agência está em quem domina três pilares: posicionamento claro, processo previsível e profundidade analítica”, conclui.

Em tempos de saturação de conteúdo, tecnologia acessível e IA generativa, o que separa as agências que crescem daquelas que desaparecem não é a estética, é a estratégia.


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