Alunos sapiranguenses são premiados na Febrace

Quando o assunto é educação, a Cidade das Rosas é um ponto de referência na região. A 18ª Febrace – Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, que aconteceria entre 17 e 20 de março na USP, em São Paulo, foi cancelada na versão presencial e ocorreu de forma virtual entre 23 de março e 4 de abril. Os alunos Giovanna Vitória Fraccari Silva, Kamily Wickert da Conceição e Eduardo da Silva Castilhos foram os representantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Maria Emília de Paula e do Município na feira que teve as apresentações à banca de avaliação de forma online. Sob a orientação das professoras Eloisa Pereira Alves da Silva e Maiara Escouto Batista, concorreram na categoria Serviço Social.

Os estudantes foram premiados com Bolsas de Iniciação Científica Júnior do Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento (CNPq). Eles receberão durante um ano subsídio para a continuidade do projeto Família estamos aqui! Trackduíno, o dispositivo rastreador de pessoas com comprometimento da memória, vulneráveis a perda de orientação espacial. Nesse período serão orientados pela professora Fabiana Heinen e coordenados academicamente pelo professor da Unisinos – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, mestre Márcio Miguel Gomes.

O PROJETO

“Família, estamos aqui!” surgiu após contínuos desaparecimentos da mãe de um aluno que sofre de esquizofrenia. Vendo a angústia dessa família, os estudantes da EMEF Maria Emília de Paula estudaram de que maneira poderiam ajudá-la. Através da leitura de reportagens, os estudantes perceberam que essa é a realidade vivida por várias famílias. Foi observado que entre as principais causas desses desaparecimentos está a perda de memória relacionada à doença de Alzheimer e Esquizofrenia.

PROBLEMA DE PESQUISA

O projeto possui a seguinte problemática: A criação de um mecanismo tecnológico confeccionado com placas simples e de baixo custo é capaz de auxiliar na redução dos casos de pessoas desaparecidas? Tem como objetivo geral criar um mecanismo com a tecnologia do Arduino, que, quando usado por pacientes com algum tipo de enfermidade que comprometa a memória, seja capaz de informar a sua localização, garantindo a tranquilidade da família. Além disso, busca proporcionar à população de baixa renda um produto viável e acessível financeiramente.

ANDAMENTO DO PROJETO

O processo de desenvolvimento ocorreu através de pesquisas bibliográficas referentes ao índice de desaparecimento de pessoas no Rio Grande do Sul; pesquisas sobre o que já existe no mercado semelhante à ideia do projeto; conversas com profissionais da área da programação, que possibilitaram a criação do protótipo. A partir dos estudos os educandos concluíram que grande parte dos desaparecidos registrados em delegacias pertencem a um grupo que apresenta alguma doença que provoca esquecimento e, consequentemente, o sumiço. Constatou-se que muitas famílias vivenciam essa angústia diariamente.

Os estudantes acreditam que o uso da pulseira possa contribuir no controle de ir e vir dessas pessoas, beneficiando a sociedade em geral, uma vez que evitará os desaparecimentos. À medida que ocorre redução no número de desaparecidos, o valor investido em buscas pelos órgãos responsáveis poderá ser destinado a outros casos.


Prefeitura Municipal de Sapiranga

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