Presidente da entidade destaca importância da formação presencial e alerta para o excesso de faculdades de Medicina no país
A regulamentação da nova Política Nacional de Educação a Distância, assinada em 19 de maio pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo ministro da Educação, Camilo Santana, foi recebida de forma positiva pela Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS). O decreto determina que cursos como Medicina, Enfermagem, Psicologia, Odontologia e Direito sejam ofertados exclusivamente no formato presencial, devido à necessidade de atividades práticas e estágios supervisionados.
O presidente da AMRIGS, Dr. Gerson Junqueira Jr., salienta que a entidade está atenta à qualidade do ensino de Medicina e considera positiva a medida.
“São formações essencialmente práticas, que exigem vivência clínica e contato direto com pacientes — algo que não pode ser substituído por atividades exclusivamente virtuais”, afirmou.
A entidade também reforça a preocupação com o cenário atual de proliferação de faculdades de Medicina no país. Segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), o Brasil ultrapassou, em 2023, a marca de 380 cursos ativos, o que representa mais da metade das escolas médicas de toda a América Latina.
“Vemos com apreensão o crescimento descontrolado de novas faculdades, muitas sem estrutura adequada. É preciso responsabilidade na formação de profissionais que terão a missão de cuidar da vida das pessoas”, alertou o presidente da AMRIGS.
A nova política prevê um período de transição de dois anos para que instituições de ensino se adequem às exigências.