O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e o ICLEI- América do Sul estabeleceram, nesta quarta-feira (dia 18/12), uma parceria para atuar de maneira integrada em projetos de transição climática e na promoção de cidades resilientes e de baixo carbono. O acordo de cooperação técnica representará um marco na articulação de esforços técnicos e financeiros em prol do desenvolvimento urbano sustentável no Sul do país.
Para o diretor-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior, a parceria com o ICLEI será um importante instrumento para que o banco amplie sua vinculação com a agenda da sustentabilidade. “Somos o Banco Verde pois temos a sustentabilidade no nosso DNA. Mais de 80% dos negócios realizados estão alinhados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, frisou Ranolfo.
Depois da enchente histórica que atingiu o Rio Grande do Sul no mês de maio, mais do que nunca é preciso fortalecer a capacidade dos governos de prevenir, mitigar e adaptar-se aos impactos adversos do clima e, entre os focos da parceria, está o apoio a iniciativas que integram planejamento territorial sustentável, redução de emissões de gases de efeito estufa e proteção da biodiversidade. “Esse acordo irá adensar a nossa possibilidade em contribuir no fomento ao desenvolvimento sustentável, mas em especial com esse olhar para as ações climáticas e à biodiversidade nos três estados do Sul”, destacou o secretário-executivo do ICLEI – América do Sul, Rodrigo Perpétuo.
O diretor de Planejamento do banco, Leonardo Busatto, observou que parceria irá auxiliar na melhor aplicação dos recursos para auxiliar as cidades diante dos desafios da agenda climática. “O mais importante é destinar esses recursos de maneira planejada, apoiar os municípios e governos locais com essa visão de desenvolvimento mais amplo”, lembrou. o BRDE vem acentuando sua atuação em favor do desenvolvimento sustentável na região Sul, com destaque para projetos de geração de energias renováveis, agricultura de baixo carbono e financiamento para resiliência urbana.
Adaptação
Ao relatar as experiências que a cidade de Blumenau e todo o Vale do Itajaí catarinense enfrentaram com grandes enchentes ao longo de décadas, o diretor Financeiro do BRDE, João Paulo Kleinübing apontou que é preciso avaliar os condicionantes históricos para construir cidades mais resilientes. “Há muito tempo cometemos o erro de querer adaptar o território às nossas necessidades e, depois, aprendemos que deveria ser o contrário. Essa parceria busca é justamente criar um ambiente de transformação, com um novo olhar para a resiliência e ampliar a capacidade de adaptação”, indicou.
O ICLEI já vem desenvolvendo projetos em cidades gaúchas, entre este a recente elaboração do Plano de Ação Climática de Porto Alegre, onde foram apontadas 30 ações emergenciais para a capital. Conforme o secretário-executivo do ICLEI-Brasil, Rodrigo Corradi, a instituição irá a atuar em eixos como a capacitação e planejamento na execução de projetos urbanos. Durante o evento, a coordenadora da Assessoria do Clima da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Daniela Müller de Lara, apresentou um resumo das ações que o governo do Estado vem liderando com o apoio do ICLEI.
COP 30
A atividade contou, também, com a palestra do jornalista Rodrigo Lopes, repórter de coberturas internacionais do Grupo RBS. Além de discorrer sobre as percepções da COP 29, realizada em Baku (Azerbaijão), o jornalista fez uma análise da conjuntura geopolítica internacional e os impactos dos conflitos nas conferências do clima. “O Rio Grande do Sul tem que chegar na COP 30, sendo protagonista não por aquilo que ocorrer de pior em termos climáticos, mas por sua capacidade de reconstruir melhor”, salientou o jornalista sobre as expectativas para o encontro que ocorrerá no Pará, em novembro do próximo ano.
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