China: cinco ensinamentos da maior feira de comércio internacional

  • 12 de novembro de 2025
  • Sol FM

*Por Manuel Vargas

Sua empresa até pode ser muito bem estruturada e oferecer produtos qualificados, mas se não tiver um mindset voltado ao futuro, dificilmente conseguirá se destacar como uma referência no ramo. O mercado chinês é prova viva disso, cujas empresas constroem seu planejamento estratégico não apenas focando no que precisam hoje, mas aonde querem chegar lá na frente – e o que precisam fazer agora para atingir essa prosperidade e destaque competitivo. Uma mentalidade bem estratégica que traz ensinamentos valiosos a serem aprendidos pelo Brasil.

Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que a China é, atualmente, a 2ª maior economia global, com um PIB de, aproximadamente, US$ 19,4 trilhões. O que justifica tamanhos resultados? Por lá, tudo é planejado. O mercado está sempre antecipando tendências, preparando suas operações para o futuro e, consequentemente, garantindo uma vanguarda estratégica nas relações comerciais.

Sua referência crescente vem atraindo olhares ambiciosos de empresários ao redor do mundo, resultando, como exemplo, na criação de uma das feiras de negócios mais valiosas do mundo: a Cantonn Fair, incentivando a exportação chinesa a outros países que podem se beneficiar de suas mais recentes tecnologias e inovações.

Agora, o que toda essa mentalidade e visão de negócios da China pode ensinar ao mercado brasileiro? Veja cinco aprendizados que podem fazer toda a diferença por aqui:

  • 1 Visão à longo prazo: por mais que toda empresa deva se preocupar com o que precisa fazer para prosperar atualmente, também deve pensar quais medidas adotar agora, para que alcance as metas estipuladas no futuro. O mercado chinês preza por essa visão a longo prazo, se antecipando às tendências para construir o amanhã. Não à toa, possuem o seu “Vale do Silício” em termos de tecnologia. Aqui, enquanto isso, muitos negócios ainda são mais imediatistas, perdendo oportunidades inovadoras que os destaquem frente aos concorrentes.
  • 2 Velocidade de inovação: é impressionante a capacidade chinesa de revolucionar ideias em produtos de qualidade em tempo extremamente veloz. Uma tecnologia disruptiva que criam hoje, daqui um ano já pode ser ultrapassada. O ciclo entre conceito, protótipo e produção é muito curto, mostrando o valor da agilidade e da execução eficiente que deveriam ser inspiradas pelo mercado brasileiro.
  • 3 Integração, eficiência e automação tecnológica: a digitalização está presente em cada detalhe do cotidiano da população chinesa – dos pagamentos digitais, à coleta de dados ambientais – mostrando como é possível tornar a inovação invisível, porém essencial no dia a dia. Lá, processos automatizados não são exceção, mas uma regra que deveria, também, ser seguida pelas empresas brasileiras, inspirando-as a buscar automações inteligentes que otimizem recursos e reduzam desperdícios.
  • 4 Cultura de disciplina e propósito coletivo: a sociedade chinesa mostra que disciplina, foco e colaboração podem impulsionar um país inteiro – um exemplo poderoso de como o pensamento coletivo e a execução coordenada aceleram resultados. Suas empresas compartilham seus conhecimentos e aprendizados às outras, para que também possam crescer e prosperar.
  • 5 Abertura à novas parcerias: o contato direto com fabricantes e empreendedores locais possibilita à China novas conexões estratégicas, ampliando o acesso a tecnologias emergentes e fornecedores inovadores. Como exemplo disso, sua exposição a soluções de robótica e automação doméstica despertou ideias para novos modelos de serviço, como limpeza inteligente e gestão automatizada de espaços que, hoje, podem ser vistas em como suas cidades são cuidadas: sendo limpas, silenciosas e altamente conectadas. Isso reflete uma sinergia entre governo, tecnologia e sociedade, com foco em sustentabilidade e qualidade de vida.

O futuro não espera pelo imediatismo. A China, sendo uma das maiores potências econômicas globais atualmente, nos ensina que a verdadeira importação que precisamos fazer não se limita aos produtos, mas a esse mindset de visão à longo prazo. Isso é o que impulsionará nosso país ao patamar que merece, não apenas reagindo às tendências, mas se antecipando e construindo o futuro.

Manuel Vargas é fundador da Squair.

Sobre a Squair:

https://squair.io/

A Squair é uma plataforma de IA e IoT que transforma a refrigeração industrial, reduzindo desperdícios invisíveis. Com automação e monitoramento em tempo real, corta até 30% do consumo energético em ativos frigoríficos – levando eficiência energética e redução das emissões de carbono.


Informa Mídia | Fotos: Divulgação

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