Combate à obesidade infantil passa por mudança de hábitos no estilo de vida

  • 5 de dezembro de 2019
  • Sol FM

Tema vem sendo abordado nos últimos anos como prioridade pela Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul

A campanha do Ministério da Saúde de prevenção a obesidade infantil foi bem recebida pelos pediatras gaúchos que, há anos, desenvolvem ações de conscientização junto a população. A ideia da campanha do Governo Federal é incentivar as crianças a seguirem três passos simples para evitar o sobrepeso: alimentação saudável, atividade física e brincadeiras longe das telas da TV, celular e jogos eletrônicos.

Esse ano a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) engajou-se na elaboração de um Projeto de Lei que pretende tornar obrigatória a colocação de uma etiqueta de alerta aos pais, sobre os riscos que o uso excessivo de celulares e tablets, podem causar no desenvolvimento e comportamento das crianças. A matéria, de autoria do deputado Pedro Pereira, foi já aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa e deve ir para votação em plenário.

– Aumentou muito a obesidade entre as crianças em todas as faixas etárias, por isso, é algo que nos preocupa há bastante tempo. Três em cada dez crianças de 5 a 9 anos estão acima do peso e esse índice é ainda pior em outras faixas etárias. Não é um problema do Brasil, mas do mundo todo e o Rio Grande do Sul, infelizmente, tem dados alarmantes – afirma a presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Cristina Targa Ferrreira.

Um dos objetivos dos pediatras é conscientizar os pais para importância de zero açúcar e zero sal no primeiro ano de vida.

– Ao comer alimentos adoçados ou com sal é como se a criança desenvolvesse um paladar específico para isso. O mesmo acontece com alimentos industrializados que já possuem muito sal, açúcar e gorduras em sua composição e que fazem mal para saúde. No Brasil já há dados que mostram um índice elevado de consumo entre crianças de bebidas adoçadas. Isso é altamente predisponente à obesidade infantil. Muitas vezes crianças comem macarrão instantâneo, bolachas recheadas e salgadinhos e não são alimentos naturais. Lembramos sempre que uma criança acima do peso tem 80% de chance de ser um adulto obeso – completou Cristina.

O Ministério da Saúde também apresentou em meados de novembro o guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Segundo os dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) 2018, 49% das crianças de 6 a 23 meses consomem alimentos ultraprocessados, 33% ingerem bebidas adoçadas e 32,3% comem macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados. O material pode ser conferido no link


Redação: Marcelo Matusiak
Coordenação: Marcelo Matusiak

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