Centro de competência em agronegócio digital do Sistema FIERGS reuniu empresas, pesquisadores, startups e instituições nesta terça-feira
A união de empresas associadas, pesquisadores, startups e instituições parceiras para debater inovação e integração tecnológica em agronegócio digital marcou a edição do Cedra Research and Action 2025, nesta terça-feira (18). O evento foi promovido pelo centro de competência em agronegócio digital do Sistema FIERGS, o Cedra – Center for Embedded Devices and Research in Digital Agriculture, que é desenvolvido em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
Ao representar o presidente do Sistema FIERGS, Claudio Bier, na abertura do evento, o coordenador do Conselho da Agroindústria da entidade (Conagro), Alexandre Guerra, destacou a importância do encontro para conectar pesquisa, indústria, inovação e tecnologias aplicadas à agricultura digital – temas considerados estratégicos para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e do Brasil. Também ressaltou que o centro de competência representa um marco na união entre conhecimento científico, inovação industrial e as demandas reais do campo.
“Estamos vivendo um momento de transformação no agronegócio, no qual a tecnologia se tornou uma aliada indispensável para aumentar a produtividade, a sustentabilidade e a competitividade do setor. A FIERGS tem investido fortemente em ações efetivas, com os institutos de tecnologia e inovação do Senai-RS e agora também com o Cedra. Por meio dele, estamos criando um ecossistema propício para o desenvolvimento de tecnologias aplicadas à agroindústria brasileira, fortalecendo cadeias produtivas e gerando valor para produtores, empresas e sociedade”, disse.
O coordenador do centro de competência e gerente de Inovação e Tecnologia do Senai-RS, Victor Gomes, e o cientista-chefe do Cedra, Carlos Eduardo Pereira, apresentaram mais detalhes sobre o trabalho realizado e sua importância para o desenvolvimento da indústria e do Brasil.
Gomes enfatizou a necessidade de inovar e trabalhar de forma colaborativa tanto para conseguir desenvolver conhecimento como também chegar ao mercado. “Para desenvolver uma indústria melhor, precisamos ser indutores de tecnologia. Para que possamos desenvolver tecnologia, precisamos desenvolver pessoas. Para pesquisa e desenvolvimento, precisamos de pessoas, infraestrutura e dinheiro. Não se faz inovação, ciência e tecnologia, e não se desenvolvem pessoas sem investimento. E a Embrapii nos apoia nisso para que possamos trabalhar com pesquisadores e desenvolver estruturas”, apontou.
Já o cientista-chefe do Cedra explicou que o objetivo das pesquisas do centro é antecipar as demandas das empresas e as novas tendências em tecnologia com o objetivo do Brasil se tornar referência em agronegócio digital. “O agronegócio, além de ser muito representativo no Brasil, é representativo globalmente. E isso é um diferencial, porque o país é uma referência, mas ser uma referência não é algo permanente, é preciso manter. E o Cedra vem para colaborar com isso, aplicando tecnologias industriais”, disse Pereira.
O evento também contou com a participação do analista de inovação da Embrapii Leonardo Radis, que representou a coordenação de Rede de Centros de Competência da entidade. “Precisamos posicionar o Brasil nas discussões globais mais relevantes, transformar o país de consumidor a player estratégico em tecnologias de fronteira e promover impacto social e econômico a partir das competências desenvolvidas. Então, a estratégia é fazer a indústria chegar mais longe, pensando no futuro”, resumiu o analista de inovação.
PAINÉIS COM EMPRESAS ASSOCIADAS
A programação também envolveu dois painéis técnicos. O primeiro, com o tema Desenvolvendo o Agro do Amanhã, apresentou reflexões sobre como ciência, tecnologia e parcerias estratégicas moldam o futuro da agricultura brasileira, conectando inovação, sustentabilidade e competitividade. Participaram do debate, que foi mediado por Carlos Eduardo Pereira, representantes de cinco empresas associadas ao Cedra: Canoa Mirim, Exatron, Fockink, Grupo J2M e Zasso.
Em seguida, foi realizado o painel Do Laboratório ao Mercado Agro, que mostrou como as soluções desenvolvidas na pesquisa aplicada são transformadas em resultados concretos no campo e em oportunidades reais de negócio. Durante a conversa, os participantes das empresas associadas Agrosystem, Falker, Novus, Newon e Unifertil relataram como instituições de ciência e tecnologia têm cooperado para a construção de um ecossistema de inovação cada vez mais dinâmico, competitivo e orientado ao mercado.
Durante o evento, houve ainda uma exposição de startups, onde cinco empresas demonstraram suas soluções e tecnologias aplicadas à agricultura digital. Já no turno da tarde, ocorreram sessões temáticas de pesquisa, com foco em dispositivos, conectividade e suporte à aplicação, voltadas exclusivamente às empresas associadas.
CONHEÇA O CEDRA
O Cedra é fruto de uma parceria entre a Embrapii e o Sistema FIERGS com o objetivo de investir no desenvolvimento de novas tecnologias (deep techs) e competências com foco em agricultura digital. Desde 2024, as operações do centro funcionam junto ao Instituto Senai de Inovação em Sistemas de Sensoriamento, em São Leopoldo.
A iniciativa funciona como uma “associação tecnológica”, na qual empresas pagam uma anuidade para ter acesso a um ecossistema completo de inovação, influenciando diretamente a direção das pesquisas. Até o momento, o Cedra conta com 16 indústrias associadas — Bosch, Zasso, Agrosystem, Novus, Exatron, Falker, Fockink, Agropecuária Canoa Mirim, GLR Tech, Green Innovation, Grupo J2M, Newon, Unique Rubber, ITECH, Unifertil e ComLink.
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