Dengue: da prevenção à hidratação

Frente a um aumento expressivo de casos, especialistas destacam a importância da testagem precoce e orientações sobre o combate à doença

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil já contabiliza mais de 580 mil casos prováveis de dengue. O cenário reforça um alerta após um ano de recordes históricos em 2024: o país registrou 6,6 milhões de possíveis infecções e mais de 6 mil óbitos causados pela doença[i].

O ano passado também foi marcado pela expansão da circulação do sorotipo DENV-3 do vírus[ii], considerado o com maior potencial de causar formas graves da doença[iii]. Para conter esse avanço, são necessárias diversas medidas, como a eliminação de criadouros do Aedes aegypti, o descarte correto de ovos e larvas e a vacinação da população, especialmente crianças e adolescentes de 10 a 14 anos e idosos[iv] . A testagem rápida e precisa também é essencial para o controle da dengue.

Testagem rápida: diagnóstico precoce é essencial

Ao identificar os principais sintomas da dengue como febre alta, dores musculares, dor de cabeça intensa, especialmente atrás dos olhos, náuseas e vômitos e manchas vermelhas na pele[v], recomenda-se realizar a testagem, que permite aos profissionais de saúde tomarem decisões rápidas e precisas.

“Os testes rápidos são importantes ferramentas para o diagnóstico precoce da dengue. Com a informação correta, o profissional de saúde pode indicar o melhor tratamento para o paciente. Como os sintomas podem ser similares aos de outras doenças febris, é difícil fazer uma distinção clara somente pela avaliação dos primeiros sinais. Por isso, é tão importante identificar o mais rápido possível qual o vírus e a doença para uma tomada de decisão ágil e assertiva”, explica o Dr. Oscar Guerra, Diretor Médico da Divisão de Diagnósticos Rápidos da Abbott para a América Latina.

Conheça os tipos de testes para dengue e como cada um funciona

Hoje, existem diferentes tipos de testes para detectar a dengue e cada um possui um método e período que deve ser realizado[vi]. Entenda abaixo:

Teste de anticorpos IgM e IgG  

Os testes de sorologia são amplamente utilizados e baseiam-se na detecção de anticorpos produzidos pelo sistema imunológico da pessoa em resposta à infecção pelo vírus da dengue. O anticorpo IgM geralmente se torna detectável 5 a 10 dias após o início da doença em casos de infecção primária de dengue e até 4 a 5 dias após o início da doença em infecções secundárias. Já o anticorpo IgG aparece no 14º dia e persiste por toda a vida em infecções primárias. Em infecções secundárias, os níveis de IgG aumentam 1 a 2 dias após o início dos sintomas e uma resposta de IgM é induzida 20 dias após a infecção.

Teste de NS1

O teste de antígeno NS1 tem como alvo uma proteína específica do vírus da dengue, chamada NS1 (antígeno não estrutural 1). Esse teste é particularmente sensível durante os primeiros dias da infecção, quando o vírus está se replicando ativamente no organismo, permitindo um diagnóstico precoce da dengue. A proteína NS1 está presente nos 4 sorotipos da dengue e o ideal é que ele seja feito na fase inicial da doença, após um dia do início da febre até o 9° dia.

RT-PCR

O teste de RT-PCR (Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real) é uma técnica molecular altamente sensível e específica que desempenha um papel crucial na diferenciação dos quatro sorotipos do vírus da dengue. Ao detectar o material genético do vírus no sangue do paciente, o RT-PCR permite não apenas identificar a presença do vírus, mas também determinar qual dos quatro sorotipos está causando a infecção. Além disso, o RT-PCR é altamente sensível, sendo capaz de detectar o vírus mesmo em estágios iniciais da infecção, em alguns casos antes mesmo do surgimento dos sintomas clínicos.

Ainda, há testes rápidos (imunocromatográfica) tanto para anticorpos IgG e IgM quanto para antígeno NS1. Este tipo de teste pode ser realizado em serviços de saúde, como por exemplo, farmácias e laboratórios que estejam autorizados a realizar testagem. No entanto, é necessário lembrar que a dengue é uma doença de notificação compulsória no Brasil, ou seja, todos os testes rápidos são de uso restrito a profissionais de saúde.

De acordo com o Dr. Oscar Guerra, o uso dos testes NS1, IgM e IgG é essencial para o controle da disseminação da dengue. Quando utilizados em conjunto, ampliam a sensibilidade e/ou especificidade do diagnóstico clínico de acordo com sua interpretação, sejam realizados em série (primeiro o diagnóstico clínico e depois o teste) ou em paralelo (simultaneamente o diagnóstico clínico e o teste)[vii].

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o teste BiolineTM Dengue Duo da Abbott para amostras obtidas por ponta de dedo, que chega ao mercado brasileiro em breve. Trata-se de um teste rápido desenvolvido para detectar o antígeno NS1 e os anticorpos IgG/IgM contra os 4 sorotipos do vírus em amostra de sangue total venoso ou de punção digital, soro ou plasma, permitindo identificar o vírus em qualquer fase da dengue entre 15 e 20 minutos.

Este é o sétimo teste da Abbott em sua oferta de soluções diagnósticas para ajudar no combate à epidemia de dengue no Brasil, que inclui os testes BIOLINE Dengue NS1 Ag,

BIOLINE Dengue IgG/IgM, Dengue IgM Capture ELISA, BIOLINE Dengue IgG/IgM WB, Dengue IgG Indirect ELISA e Dengue Early ELISA.

Hidratação como parte do tratamento

Uma vez diagnosticado, o tratamento para tratar os casos de dengue baseia-se, principalmente, na hidratação. De acordo com o Ministério da Saúde, a hidratação oral é fundamental e deve ser iniciada tão logo sejam detectados os primeiros sintomas. Por isso, as pessoas devem buscar ajuda médica o quanto antes.

Um dos objetivos do tratamento da dengue é prevenir a desidratação’‘, explica Patrícia Ruffo, nutricionista e Gerente Científico da Abbott no Brasil. “A recomendação clínica é iniciar a hidratação oral das pessoas com suspeita de dengue ainda na sala de espera, enquanto aguardam pela consulta ou pelo resultado dos exames para auxiliar na hidratação e recuperação do indivíduo”.

Também é essencial manter a hidratação durante todo o período que a pessoa apresentar febre e por até 24-48 horas após a febre baixar.

 

Seis dicas importantes para a reidratação de pessoas com dengue

  1. Mantenha a pessoa sempre bem hidratada até o resultado dos exames, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde.
  2. Monitore atentamente os sintomas de desidratação. Ela pode tornar a maioria das pessoas irritáveis e letárgicas, mas os sintomas podem variar de idade para idade. Os adultos podem apresentar tontura ou sentir sede, dor de cabeça, constipação ou pele seca e a urina pode ser mais escura e concentrada do que o normal, geralmente transparente ou de cor amarela muito clara.

  3. Para prevenir a desidratação, consuma nutrientes que podem auxiliar na hidratação, como eletrólitos e carboidratos, capazes de auxiliar o corpo a absorver qualquer líquido. Os eletrólitos, como sódio, cloreto, potássio, magnésio e cálcio são particularmente importantes, já que são indispensáveis para nervos e músculos saudáveis. Além disso, todos esses eletrólitos podem ser perdidos na transpiração.

  4. Esteja atento às suas opções de bebidas – nem todas oferecem os componentes necessários para uma hidratação adequada. A água de coco, por exemplo, tem proporção de 1:240 e o suco de maçã 1:40 na relação sódio: glicose. Já Pedialyte® é o produto ideal para promover recuperação em casos de desidratação[viii],[ix], pois possui a proporção adequada de glicose e sódio (1:1). A glicose facilita a absorção do sódio e, consequentemente, de água, ajudando a reidratar o corpo de maneira mais eficaz.

  5. Priorize sua hidratação. A água é fundamental para regular a temperatura do corpo e a desidratação pode exacerbar uma febre existente. Nossos corpos são compostos de 2/3 de água, portanto, pequenas perdas no fluxo do corpo podem piorar o status de febre.[x]

  6. Siga as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para diarreia e vômito que podem causar perda significativa e imediata de líquidos e eletrólitos. A OMS recomenda soluções de eletrólitos orais, como o Pedialyte para aliviar os sintomas associados à desidratação relacionada à gastroenterite aguda, um dos sintomas da dengue.

Referências

[i] Ministério da Saúde. Atualização de Casos de Arboviroses. Disponível em: http://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aedes-aegypti/monitoramento-das-arboviroses.

[ii] Ministério da Saúde. Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/guias-e-manuais/2025/plano-de-contingencia-nacional-para-dengue-chikungunya-e-zika.pdf.

[iii] Ministério da Saúde. Dengue: entenda o que são os sorotipos da doença e porque o tipo 3 é o que mais preocupa atualmente no Brasil. Disponível em: www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2025/janeiro/dengue-entenda-o-que-sao-os-sorotipos-da-doenca-e-porque-o-tipo-3-e-o-que-mais-preocupa-atualmente-no-brasil.

[iv] Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Ministério da Saúde anuncia estratégia de vacinação contra a dengue. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/ministerio-da-saude-anuncia-estrategia-de-vacinacao-contra-a-dengue/.

[v] Ministério da Saúde. Conheça os oito principais sintomas da dengue e os critérios para alta médica. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2025/janeiro/conheca-os-oito-principais-sintomas-da-dengue-e-os-criterios-para-alta-medica.

[vi] Ministério da Saúde – Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Testes de dengue. Acessado em fevereiro/25. Disponível em https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/campanhas/dengue/testes-de-dengue

[vii] Clemen G, et al. Contribución de la prueba rápida NS1 e IgM al diagnóstico de dengue en Colombia en el periodo pre-zika. Infectio 2019; 23(3): 259-265.

[viii] World Health Organization (WHO) The treatment of diarrhea: a manual for physicians and other health workers. 2005.

[ix] Bennett JA. Dehydration: hazards and benefi ts. Geriatr Nurs. 2000; 21(2): 84-88.

[x] Ministério da Saúde. Dengue: diagnóstico e manejo clínico. Disponível em www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/dengue/dengue-manejo-adulto-crianca-5d-1.pdf/view.

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