Em reunião realizada nesta quarta-feira (14/2), a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) apresentou, a representantes do setor produtivo e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), as ações tomadas a partir da confirmação de um foco de influenza aviária de alta patogenicidade, a H5N1, em aves silvestres numa propriedade de Rio Pardo. O recolhimento da amostra ocorreu em 8 de fevereiro, com o laudo confirmando a infecção emitido pelo laboratório de referência do Mapa em Campinas, no domingo (11/2).
Conforme estabelecido pelo ministério, foi traçado um raio de três quilômetros a partir do foco, contabilizando 27 propriedades com registro de produção animal na área delimitada.
“Vamos cobrir uma área maior, com raio de cinco quilômetros, e neste novo traçado temos 124 propriedades com aves”, contou a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da secretaria (DDA/Seapi), Rosane Collares.
A Seapi espera concluir as visitações na área delimitada na sexta-feira (16/2). Propriedades localizadas em um raio de dez quilômetros a partir do foco de Rio Pardo também serão visitadas pelas equipes da Seapi, numa ação que deve ser concluída na próxima terça-feira (20/2).
O presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, destacou que a entidade vem conduzindo auditorias extras, entre os associados, com uma lista de verificação das medidas de biosseguridade que as granjas comerciais devem adotar para evitar o ingresso da gripe aviária em seus plantéis.
O presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber, informou que a entidade aportou mais de R$ 1,2 milhão no setor da avicultura em 2023, com materiais de divulgação sobre a enfermidade, treinamentos e atualizações dos técnicos do Serviço Veterinário Oficial.
O secretário-adjunto da Agricultura, Márcio Madalena, disse que a pasta está em contato com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) e a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) para reforçar a comunicação sobre a gripe aviária entre seus federados. “São grandes parceiros que podem nos ajudar a levar informações técnicas aos produtores rurais, combatendo a desinformação”, destacou.
Ações de conscientização sobre a importância da notificação de casos suspeitos são feitas de forma contínua pela Seapi desde o ingresso da gripe aviária na América do Sul, em outubro de 2022. O foco confirmado em Rio Pardo é um exemplo de como a população vem dando importância a essas informações.
“Uma equipe da Seapi promovia atividades de vigilância em febre aftosa em Rio Pardo e aproveitou a oportunidade para distribuir folhetos sobre a gripe aviária. Com essas informações, um morador notificou as sete aves silvestres mortas em sua propriedade. Esse caso mostra a importância das ações de educação sanitária que estamos promovendo desde o ano passado”, ressaltou Rosane.
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