Entidade ressalta papel das entidades de raças no registro e monitoramento de animais e sugere atuação conjunta com o programa federal
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou recentemente o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos, uma iniciativa que busca aprimorar a rastreabilidade dos animais no Brasil, fortalecendo programas de saúde animal e atendendo às exigências de mercados internacionais. A medida foi recebida com atenção pela Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raças (Febrac), que destacou a importância de integrar as associações ao programa.
O presidente da Febrac, Marcos Tang, ressaltou que as associações já desempenham um papel fundamental na identificação individual de animais, registrando características genéticas, desempenho em controle leiteiro e análises morfológicas. “As associações não trabalham apenas com rebanhos, mas sim com o indivíduo, e elas já têm essa identificação individual, com suas genealogias e acompanham seus resultados morfológicos e de produção. Um animal registrado na sua associação de raça já possui rastreabilidade, que deve ser validada com o programa federal,” explicou.
Tang também enfatizou a importância de reconhecer o trabalho histórico dessas entidades. “Queremos que as associações sejam respeitadas pelo que já fizeram até aqui, pois elas trabalharam nesse sentido. O animal registrado já tem rastreabilidade, e isso precisa ser complementado pelas normas oficiais federais, não iniciando do zero,” pontuou.
A Febrac defendeu, ainda, que os quadros técnicos das associações podem atuar como agentes do programa de rastreabilidade, aproveitando o acesso que já possuem às propriedades. “As associações, com seus técnicos qualificados, já entram nas propriedades e realizam atividades como o registro genealógico, controle de resultados como controle leiteiro e avaliação de carcaças, entre outros índices, regularmente. Elas podem ser agentes treinados para trabalhar na implementação da rastreabilidade, beneficiando tanto o governo quanto os criadores,” sugeriu Tang.
O Plano Nacional busca aumentar a eficiência na resposta a surtos epidemiológicos, garantir a segurança alimentar e ampliar o acesso aos mercados internacionais. Segundo o Mapa, a iniciativa está alinhada às melhores práticas globais e visa consolidar a imagem do Brasil como líder na produção sustentável e segura de carne.
A Febrac acredita que a colaboração entre as associações de criadores e o governo federal é o caminho para fortalecer ainda mais o setor. “Podemos trabalhar juntos e ambos temos a ganhar. As associações já possuem uma base consolidada de dados e acesso aos produtores, o que pode acelerar a implementação do plano,” concluiu Tang.
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