Federação Varejista do RS participa de ato contra o aumento do ICMS no Estado

Presidente da Federação Varejista, Ivonei Pioner, apontou série de prejuízos ao empresariado

Um ato público contra o aumento de impostos no Rio Grande do Sul na tarde desta quinta-feira (30/11) movimentou o plenarinho da Assembleia Legislativa do RS. Promovido pelo deputado federal Luciano Zucco (Republicanos/RS), o encontro teve participação da Federação Varejista do RS e reuniu a classe política, o empresariado e a população que demonstra contrariedade ao aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Se aprovada, a proposta faz o tributo chegar a 19,5% da alíquota.

O presidente da Federação Varejista do RS, Ivonei Pioner, discursou ao público presente e apontou uma série de fatores que fazem desse aumento algo prejudicial para a economia do Estado como um todo. “Com o aumento de impostos a tendência é que as pessoas sejam cada vez mais jogadas para a informalidade. Vemos a inadimplência crescendo, isso mostra uma economia arrefecida e precisamos lutar contra esse aumento”, alertou Pioner.

Ainda em sua fala, Pioner destacou a possibilidade de evasão de investimentos do Rio Grande do Sul caso a carga tributária fique mais pesada. “Onde aumentou a carga tributária o ambiente para empreender ficou mais duro e houve evasão, pois quem empreende sempre vai procurar o melhor lugar possível para estabelecer sua empresa”, afirmou. A diretora de RIG da Federação Varejista do RS, Clarice Strassburger, e a executiva Mariane Moura também acompanharam o ato.

O deputado Zucco tratou sobre a necessidade de pensar soluções criativas para os problemas de arrecadação do Estado e citou exemplos de sucesso. “Em Porto Alegre diminuíram os impostos e a arrecadação do Executivo aumentou. Além disso, o estado de Santa Catarina optou pela mesma decisão, então, por que não podemos ir ao mesmo caminho?”, questionou Zucco.

O deputado estadual Felipe Camozzato (NOVO/RS) também tratou o aumento do ICMS como algo negativo. Ele faz parte de uma articulação dentro da Assembleia Legislativa que busca votos suficientes para barrar a aprovação, que é feita por maioria simples no plenário.

“Precisamos mobilizar os deputados que são comprometidos ao combate de aumento de impostos a votarem no não em vez de se absterem, pois em maioria simples a abstenção corrobora o sim”, pontuou Camozzato. A proposta segue em trâmite na Assembleia estadual e para entrar em vigor em 2024 é necessário que seja votada até o dia 31 de dezembro no plenário.

PlayPress | Federação Varejista do RS | Redação: Alison Rodrigues | Coordenação: Marcelo Matusiak | Foto: Alison Rodrigues Soares/PlayPress