Férias escolares exigem atenção redobrada ao tempo de tela de crianças e adolescentes

Psicóloga orienta sobre práticas saudáveis no ambiente digital e reforça a importância da educação midiática

 

Com celulares, televisores, videogames e computadores cada vez mais presentes na rotina, o uso excessivo de telas tem se tornado um tema de grande relevância, especialmente durante as férias escolares. O hábito, se não for moderado, pode causar impactos negativos em todas as faixas etárias, mas é especialmente preocupante entre crianças. Encontrar alternativas saudáveis e atrativas que disputem a atenção com os estímulos digitais é um dos grandes desafios para as famílias.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 93,5% dos domicílios da Região Sul tem acesso à internet, acima dos 92,5% referentes à média nacional. Nesse contexto hiperconectado, o Ministério da Saúde recomenda, pela sua Caderneta da Criança, que o limite do uso de telas conforme a idade seja: nenhum uso para menores de 2 anos; até uma hora por dia entre 2 e 5 anos; duas horas entre 6 e 10 e, no máximo, três horas diárias dos 11 aos 18. Além disso, reforça que, até os 10 anos, o uso deve ser fora do quarto e o acesso a smartphones deve ser evitado antes dos 12.

“A falta de atividades físicas e interações presenciais pode prejudicar o desenvolvimento emocional e cognitivo da criança”, alerta a psicóloga da Hapvida, Mayrla Pinheiro. “Durante as férias, o uso excessivo de telas pode levar ao sedentarismo, ao isolamento social e a alterações no sono, além de contribuir para sintomas de ansiedade e irritabilidade”, reforça.

Nesse período, é essencial que pais e responsáveis observem o comportamento das crianças. Indícios como irritação ao interromper o uso, dificuldade para se desconectar, distúrbios no sono, isolamento e mudanças de humor são sinais de alerta. “Estabelecer limites e horários para o uso das telas e incentivar outras atividades são atitudes fundamentais”, orienta a psicóloga. “Brincadeiras ao ar livre, leitura em família ou jogos de tabuleiro são alternativas que ajudam a reduzir o tempo de exposição digital.

O uso descontrolado pode prejudicar a capacidade de formar vínculos reais, reduzir habilidades de comunicação presencial e ampliar sentimentos de solidão. Além disso, há diferenças nos efeitos causados por cada tipo de tela. “O celular, por exemplo, promove interações rápidas, o que pode gerar ansiedade. A televisão tende a ser mais passiva, enquanto os videogames, embora estimulem habilidades cognitivas, podem gerar dependência se usados em excesso. O contexto e o conteúdo consumido também são fatores importantes”, explica a especialista.

Equilibrar o uso das telas com momentos de lazer e convivência familiar, mesmo quando os pais ainda estão trabalhando, é essencial. Criar uma rotina que inclua brincadeiras, atividades artísticas e leituras pode ser uma estratégia eficaz e acessível para manter as crianças longe dos dispositivos.

Apesar dos riscos, o uso de telas com moderação e supervisão pode ser benéfico. “Com o conteúdo adequado e o acompanhamento dos pais, as telas podem ser ferramentas educativas que estimulam o aprendizado e a criatividade”, afirma Mayrla.

 

Educação midiática

Ela destaca, ainda, a importância da educação midiática, que ensina crianças e adolescentes a desenvolverem uma relação crítica e consciente com a tecnologia, identificando conteúdos apropriados e cultivando uma autonomia digital saudável.

Com a chegada das férias, o desafio de equilibrar o lazer digital com experiências mais saudáveis se intensifica. Diante dos impactos já identificados pela ciência e observados na prática clínica, a especialista reforça que o papel da família é essencial para estabelecer limites e promover hábitos mais conscientes.

 

Sobre a Hapvida

Com cerca de 80 anos de experiência, a Hapvida é hoje a maior empresa de saúde integrada da América Latina. A companhia, que possui mais de 71 mil colaboradores, atende quase 16 milhões de beneficiários de saúde e odontologia espalhados pelas cinco regiões do Brasil.

Todo o aparato foi construído a partir de uma visão voltada ao cuidado de ponta a ponta, a partir de 87 hospitais, 78 prontos atendimentos, 351 clínicas médicas e 299 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Dessa combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.


Martha Becker Connections 

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