O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, defendeu a retirada da vacinação contra aftosa nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul, à exemplo de Santa Catarina, em reunião ocorrida ontem, em Porto Alegre (RS).
Turra destacou que o debate em torno do fim da vacinação deve ser pautado pela razão. “É uma decisão técnica, que está pautando até mesmo nossos vizinhos do Uruguai e Argentina. Se os apontamentos técnicos nos indicam que este passo pode ser dado, não há motivos para não avançar”, analisa.
O processo de reconhecimento dos territórios gaúcho e paranaense como livres de aftosa sem vacinação está em fase final. A conclusão deste processo beneficiará uma região que concentra 91,3% das exportações de carne suína do Brasil.
“Santa Catarina é o único reconhecido como livre de aftosa sem vacinação, status requerido pelo Japão e pela Coreia do Sul para importar carne suína. Até mesmo a China exige este status, para o caso de exportações de miúdos. Mensalmente, perdemos oportunidades valiosas para as exportações do setor”, ressaltou.
Falando para lideranças do Agronegócio – entre eles, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Deputado Alceu Moreira – e membros de entidades nacionais e estaduais, Turra defendeu, ainda, a priorização da ampliação dos recursos voltados para a defesa sanitária do Brasil.
“O status sanitário é nosso maior patrimônio. Lideramos as exportações mundiais de carne de frango justamente não registrar Influenza Aviária e Doença de Newcastle em nosso território. É preciso, neste momento, priorizar na pauta o direcionamento de recursos para a defesa sanitária, e investir fortemente nos controles”, reforça Turra.
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