Equipe liderada por Gabriel Souza visitou a Emory University para oficializar memorando de colaboração na prevenção de doenças
Nesta terça-feira (28/1), a comitiva liderada pelo vice-governador Gabriel Souza visitou a Emory University, em Atlanta. A equipe do governo do Estado foi recebida pelo Dr. Gonzalo Vazquez-Prokopec, que coordenou um estudo inovador sobre a Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI), no Brasil, técnica para eliminar o mosquito Aedes aegypti dentro das residências que foi aplicada em municípios gaúchos. Também participaram do encontro representantes da Casa Militar, Defesa Civil e Secretaria da Saúde do RS.
O vice-governador apresentou um histórico das ações de reconstrução das áreas atingidas e mostrou como o governo está trabalhando em novos protocolos de saúde após as enchentes. Gabriel Souza avalia que as soluções inovadoras são fundamentais para a atualização de protocolos de prevenção em todas as áreas, especialmente após os eventos meteorológicos do ano passado.
A busca por parcerias e experiências de agentes de outro país é importante para montar estratégias e superar desafios. “Nos desastres climáticos, essas doenças causadas por vetores, como é o caso da dengue, surgem com força, afetando as vítimas dos desastres naturais. É por isso que protocolos, previsões e análises de dados são importantes para prevenção. Esse é mais um passo aqui da nossa missão que estamos fazendo na Geórgia e também na Flórida para trazer boas ideias e boas práticas para o Rio Grande do Sul se preparar ainda melhor para as eventualidades do futuro”, comentou Souza.
Durante o encontro, o vice-governador sugeriu a assinatura de um memorando de entendimento entre o Rio Grande do Sul e a Emory University a fim de formalizar a colaboração entre o Estado e a universidade na prevenção de doenças e medidas de resiliência. Entre as pautas presentes no documento, estarão a saúde pública, risco climático, desastres urbanos e resiliência, migração climática, transições energéticas e transformações sociais.
O chefe da Casa Militar e coordenador de Proteção e Defesa Civil, coronel Luciano Boeira, que também estava presente na reunião, considerou que a visita à Emory University poderá ajudar as equipes técnicas, já que a academia possui projetos voltados à prevenção, preparação e repostas a diferentes desastres.
“A possibilidade de intercâmbio entre o Estado e a Emory University permitirá à Secretaria da Saúde, à Defesa Civil e a outras pastas que atuam em desastres no RS, a possibilidade de conhecer pesquisas, protocolos e as melhores práticas relacionadas aos diferentes tipos de tragédias, seja através de visitas técnicas, seja através de workshops. A integração das secretarias na gestão de riscos está alinhada com a política estadual de Proteção e Defesa Civil recentemente sancionada pelo governador”, declarou.
Para a diretora do Departamento de Gestão dos Hospitais Públicos do RS, Maria Letícia Ikeda, a visita técnica foi um momento importante para fortalecer os vínculos que já existem com a Secretaria Estadual de Saúde. “Já temos uma parceria no controle vetorial, particularmente no controle ao mosquito da dengue. A possibilidade da gente estender essa parceria através de um memorando mais amplo e que abranja todos os órgãos do governo irá nos ajudar a trabalhar no desenvolvimento de boas práticas de preparação e resposta às emergências que afetam a saúde pública”, afirmou.
A chefe da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde (DVAS), Aline Campos, que também participou da reunião, considerou a visita fundamental para tratar cenários futuros em relação à saúde pública após desastres naturais. “A Emory University têm uma capacidade muito grande de trabalhar em cima de modelagem de dados, além de possuir olhar social para o meio ambiente, então nos auxilia muito”, avaliou.
Estratégia de controle
A Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI-Aedes) é uma estratégia de controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e Chikungunya, que foi utilizada no Rio Grande do Sul pela primeira vez em 2023, com apoio da Emory University. Moradores dos municípios de Rondinha, Tucunduva e Jaboticaba tiveram o interior de suas casas pulverizadas por equipes de controle de saúde a fim de eliminar o inseto. Esse protocolo também foi utilizado em abrigos do Estado após as enchentes a fim de evitar a proliferação do mosquito.
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