Procedimento que faz desobstrução das artérias, aterectomia pode revolucionar cirurgia vascular
Quantas vezes você já ouviu falar que alguém teve um problema cardíaco ou vascular provocado pelo entupimento das artérias? As doenças arteriais periféricas, que atingem uma em cada dez pessoas com mais de 60 anos de idade, podem provocar dores, úlceras, dificuldades de locomoção e até amputações. O Rio Grande do Sul possui um dos índices mais altos do país desse tipo de doença, atrás apenas de quatro estados do Nordeste.
Considerado pela comunidade médica uma revolução para a cirurgia vascular, um procedimento inédito foi realizado no Hospital Moinhos de Vento esta segunda-feira (23). Pela primeira vez no Sul do país, foi utilizado o equipamento mais moderno que existe hoje no mercado para a aterectomia – ou o desentumpimento das artérias – de vaso periférico.
O procedimento foi conduzido pelo médico Alexandre Araújo Pereira, coordenador do Ambulatório de Doenças Arteriais do Hospital Moinhos de Vento. “O dispositivo é introduzido nos vasos, cortando e aspirando as placas de gordura e cálcio e desobstruindo a passagem do sangue. Além de evitar o uso de stents metálicos, que em áreas de dobra podem quebrar, o tempo de recuperação é bem menor do que nas cirurgias convencionais”, explicou o cirurgião vascular.
A paciente foi uma idosa de 91 anos que apresentava úlceras nas pernas com necrose, correndo o risco de ter o membro amputado. Após o procedimento, a senhora se recupera bem, e a possibilidade de amputação, pelo menos neste momento, foi descartada.
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