Encontro ocorreu nesta quinta-feira dentro da programação da Expointer 2024, em Esteio(RS)
A Expointer 2024 abrigou, nesta quinta-feira, 29 de agosto, a reunião anual entre o Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) e a Embrapa. Entre os temas discutidos, os avanços e dificuldades na última safra da noz-pecã, a continuidade do projeto Pecan 2030 e a construção de boas práticas agrícolas. Além de qualificar o atendimento do mercado interno, as ações visam negócios internacionais, principalmente com a China. O país é o maior comprador mundial do fruto com casca. Neste ano, os governos brasileiro e chinês assinaram protocolo para exportação do produto.
Integrante da diretoria da IBPecan, Daniel Basso, destaca a importância do encontro para planejar e garantir um fluxo de caixa para o projeto. Além do recurso empenhado pelo instituto, a direção busca também captar valores através de emendas parlamentares, inclusive durante a Expointer. “Em 2023, conseguimos uma emenda de R$ 50 mil, que foi empenhada este ano, e agora temos esse momento bem propício para retomarmos os contatos, tanto para a renovação, quanto para a ampliação das verbas oficiais”, pontua.
Basso aposta no Projeto Pecan 2030, desenvolvido junto com a Embrapa, para facilitar a exportação do fruto com casca. O fechamento de contratos com os chineses depende, não só da vinda de uma comitiva deles para inspecionar áreas e indústrias locais, mas também da criação de um protocolo fitossanitário. “E, nesse ponto, a Embrapa pode nos ajudar, seja com um caderno de campo, seja com a consolidação das boas práticas de produção”, esclarece.
O pesquisador da Embrapa, responsável pelo Projeto Pecan 2030, Carlos Roberto Martins, ressalta a relevância da construção de um manual do manejo da cultura. Além de servir de base para a exportação da noz, as normas também proporcionarão a qualificação nacional em termos de certificação e rastreabilidade.
Os eventos climáticos que impactaram os pomares gaúchos, causando perda de 80% da safra, mostraram a importância do Pecan 2030, de acordo com Martins.”Esse projeto foi fundamental para que nós pudéssemos estar acompanhando o que aconteceu em termos de produtividade, quais são os efeitos na produção e na qualidade, no surgimento de pragas, de doenças. A gente viu que determinadas pragas já começaram a aparecer em momentos diferentes”, explica.
Os técnicos da Embrapa monitoram 11 áreas produtoras. A safra 2024/2025 será a terceira na coleta de dados e acompanhamento nessas unidades de referência. Nesses pomares, os associados à IBPecan cederam áreas para pesquisa com a nogueira.
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