Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul esclarece cuidados essenciais com o popular “Amarelão”, bastante frequente em nascimentos
A icterícia é uma condição que pode surgir como um enigma para muitos pais quando se trata da saúde de seus recém-nascidos. Essa manifestação, caracterizada pelo amarelamento da pele e da parte branca dos olhos, é uma ocorrência relativamente comum em bebês e é frequentemente associada a uma série de perguntas e incertezas. A icterícia ocorre devido ao acúmulo de bilirrubina, um pigmento amarelado, no corpo, e pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo processos naturais de adaptação do fígado do bebê, incompatibilidade sanguínea com a mãe, ou até mesmo condições médicas mais sérias. O assessor da Presidência da SPRS, Renato Procianoy, explica quando é necessário se preocupar.
“A icterícia fisiológica, o qual é o amarelamento leve da pele após o nascimento, é uma ocorrência normal na maioria dos recém-nascidos e geralmente não causa preocupações. No entanto, existem momentos em que os pais devem estar atentos. A icterícia nas primeiras 24 horas de vida do bebê é um sinal de anormalidade e deve ser avaliada imediatamente. Além disso, se o fenômeno for intenso, abrangendo áreas extensas do corpo, ou persistir por um período prolongado, também requer atenção médica” disse.
A SPRS reforça a importância de procurar um pediatra qualificado para avaliar e orientar o tratamento, se necessário, em casos de icterícia neonatal.
De acordo com dados do Ministério da Saúde do Brasil, a icterícia é uma das condições neonatais mais comuns. Estima-se que 60% dos recém-nascidos (RN) a termo desenvolvam icterícia e 2% atinjam concentrações de bilirrubina total sérica (BTS) maior que 20 mg/dL.
O tratamento da icterícia em recém-nascidos geralmente depende da sua causa e gravidade. Em muitos casos, especialmente quando a icterícia é leve e causada pela adaptação natural do fígado do bebê, o tratamento pode não ser necessário. No entanto, quando a icterícia é mais intensa, persistente ou causada por outras condições subjacentes, intervenções médicas podem ser necessárias. O tratamento mais comum é a fototerapia, onde o bebê é exposto a luzes especiais que ajudam a quebrar a bilirrubina acumulada na pele. Em casos mais graves, ou quando a fototerapia não é eficaz, transfusões de sangue podem ser recomendadas para reduzir rapidamente os níveis de bilirrubina.
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