Indústrias do Sul solicitam ação do governo contra tarifas dos EUA a produtos da base florestal

Presidentes da FIERGS, FIESC e FIEP alertam para impacto ao segmento por conta da taxação de 25% imposta pelo governo Trump


As Federações das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), do Paraná (FIEP) e de Santa Catarina (FIESC) solicitam ao governo federal uma atenção especial nas negociações sobre as taxas de 25% impostas pelos Estados Unidos para produtos de base florestal, medida que afeta diretamente o segmento no Brasil. Os presidentes da FIERGS, Claudio Bier; da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, e da FIEP, Edson Vasconcelos, entregaram à secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, esta semana, um ofício tratando do assunto.
Segundo o presidente da FIERGS, Claudio Bier, se a taxação for mantida pelo governo Trump, provocará grande impacto para a indústria do setor no Rio Grande do Sul, que representa 14,5% do total de estabelecimentos do segmento madeireiro no Brasil e a 9,1% do total de vínculos empregatícios do segmento no país. “A indústria madeireira é um importante pilar na geração de empregos diretos no Rio Grande do Sul”, diz Bier.

Para o presidente do Sindimadeira-RS, Leonardo de Zorzi, caso realmente seja colocado em prática esse processo de taxação pela administração dos Estados Unidos, causará um impacto muito forte no Brasil e na indústria de base florestal do Rio Grande do Sul. “O Rio Grande do Sul teve, em 2024, US$ 105 milhões de exportação somente para os Estados Unidos, nos anos anteriores foi similar também, é um número significativo. Os Estados Unidos é um parceiro comercial brasileiro na área florestal há quase 30 anos. As cadeias produtivas são bem estabelecidas, o mercado consumidor é extremamente maduro e acostumado com os itens brasileiros, país que faz um produto de excelência e é muito apreciado”, afirma.

De Zorzi lembra que, hoje, 88% dos produtos madeireiros exportados do Brasil para os Estados Unidos saem da Região Sul do país – cerca de US$ 1,3 bilhão em 2024, somando os três Estados. “É imprescindível termos as federações industriais do Sul trabalhando de forma conjunta, em unidade de pensamento e ação, próximas à CNI e à Secretaria de Comércio Exterior do MIDC, para que nós consigamos munir o governo federal de informações para preparar defesas em eventuais negociações envolvendo o nosso setor”, finaliza.

O segmento de madeira do Rio Grande do Sul possui 1.852 estabelecimentos industriais, representando 5,6% do total da Indústria de Transformação do estado. É responsável por 16.116 empregos formais (2,4% do total da Indústria de Transformação gaúcha). As regiões do RS que concentram o maior número de indústrias e vínculos do segmento são Serra (258 estabelecimentos), Vale do Taquari (135), Metropolitana (120) e Hortênsias (108).


Sistema FIERGS | Comunicação – Gerência de Comunicação Institucional | Foto: Carolina Rossato

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