Governador apresentou no Insper as ações do Plano Rio Grande para adaptação climática e proteção da população
O governador Eduardo Leite encerrou, nesta terça-feira (5/8), em São Paulo, o evento de lançamento do Programa Cidade +2°C, promovido pelo Centro de Estudos das Cidades – Laboratório Arq.Futuro do Insper. Em sua conferência, intitulada “Rio Grande do Sul – Risco, Financiamento e Adaptação Climática na prática”, Leite apresentou a experiência do Estado frente aos desastres meteorológicos recentes e detalhou medidas estruturantes do Plano Rio Grande, voltadas a fortalecer a resiliência e a capacidade de resposta do Rio Grande do Sul.
“O que vivemos em maio de 2024 foi o pior desastre meteorológico da nossa história. Em poucos dias, tivemos chuvas que representaram dois terços do volume de um ano inteiro, atingindo 95% dos municípios, desalojando 600 mil pessoas e afetando mais de 2,4 milhões”, afirmou Leite. “Diante disso, o que construímos não é apenas um plano de reconstrução, mas uma estratégia para dar respostas emergenciais, recuperar o Estado e criar soluções de longo prazo. A grande obra do Plano Rio Grande é estruturar um Estado mais forte para proteger os gaúchos e as gaúchas”, acrescentou.
Entre as ações destacadas, o governador citou o Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), com R$ 14,4 bilhões previstos até 2027, e o Fundo de Apoio à Infraestrutura para Recuperação e Adaptação a Eventos Climáticos Extremos (Firece), com R$ 6,5 bilhões. “Esses recursos estão sendo direcionados para obras de diques, canais, sistemas de bombeamento, habitação, recuperação de estradas e apoio ao setor produtivo, sempre com base em diagnósticos técnicos e evidências científicas”, explicou.
Leite também enfatizou o eixo de diagnóstico e preparação, que inclui novos radares meteorológicos, estações de monitoramento e modelagem hidrodinâmica para prever com maior precisão os impactos das cheias. “Investir em ciência é fundamental. Precisamos ter dados para alocar recursos onde eles realmente fazem diferença, e isso exige tecnologia, planejamento e integração com os municípios”, disse.
No eixo de resiliência, o governador destacou ações como a revisão dos planos diretores nas áreas mais afetadas, a criação de parques para áreas de alagamento e a construção de sistemas de proteção contra cheias. “Também estamos apoiando o setor produtivo, com editais de fomento à energia limpa e linhas de crédito para irrigação, além de estratégias para descarbonizar a economia e tornar o Estado mais competitivo”, acrescentou.
Segundo Leite, a experiência gaúcha pode inspirar outros Estados. “Resiliência não se constrói de um dia para o outro. Por isso, criamos mecanismos de governança e participação social, com comitês científicos e conselhos da sociedade civil, para que o Plano Rio Grande não seja apenas um plano de governo, mas um compromisso de Estado”, concluiu.
Sobre o Plano Rio Grande
Liderado pelo governador, o Plano Rio Grande é um programa de Estado criado para proteger a população, reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.
Programa Cidade +2°C
O Programa Cidade +2°C, promovido pelo Insper, tem como objetivo conectar ciência, inovação, financiamento climático e políticas públicas para preparar as cidades frente aos impactos das mudanças climáticas. O evento contou ainda com três painéis temáticos sobre adaptação urbana, riscos climáticos e financiamento de ações preventivas, além de debates com especialistas.
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