Instituição gaúcha integra grupo que reúne mais de 300 centros de saúde de todo o mundo
O Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, está buscando pacientes para participar de dois novos estudos internacionais. A instituição seleciona pessoas com câncer de mama e vias biliares para a pesquisa, que avaliará a aplicação da imunoterapia, técnica que estimula o organismo a combater as células cancerosas. Os trabalhos envolvem mais de 300 centros de saúde de todo o mundo.
Para o primeiro estudo (NCT03701334), podem participar pacientes com câncer de mama em estágio inicial, do tipo HER2 negativo, e que tenham 18 anos ou mais. A pesquisa busca analisar os efeitos da medicação Ribociclibe com terapia endócrina, como tratamento complementar à doença.
Já o segundo trabalho (NCT04003636) seleciona pacientes com carcinoma do trato biliar avançado ou irressecável, com doença mensurável e diagnóstico confirmado histologicamente. Os interessados devem ter, no mínimo, 18 anos. O estudo avaliará o uso do novo medicamento Pembrolizumabe, uma imunoterapia, associado à administração de quimioterapia (gemcitabina e cisplatina).
A participação nos estudos, realizados em parceria com os laboratórios Novartis e Merck, não terá custo aos pacientes. Os selecionados contarão com a infraestrutura de ponta da instituição durante todo o processo, para acompanhamento médico e exames.
Os interessados devem entrar em contato com o Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento pelo e-mail iep.pesquisa@hmv.org.br, ou pelo telefone (51) 3314.2965.
Estudos sobre diversos tumores
No segundo semestre de 2019, o Hospital Moinhos de Vento deu início à seleção de pacientes para diversas pesquisas internacionais. Em setembro, foram abertos recrutamentos para avaliar os efeitos da imunoterapia contra o câncer de mama, dos tipos triplo negativo — sem receptores de estrogênio, progesterona e HER2, do tumor com receptores hormonais positivos.
Em novembro, a instituição começou a selecionar pacientes com confirmação histológica de adenocarcinoma de próstata — o tipo mais comum desse câncer — e evidência de metástase. Nos próximos meses, outros estudos serão abertos para avaliar novas medicações para tumores da bexiga, pulmão e rins.
De acordo com Pedro Issacsson, Gerente Institucional de Pesquisa do Moinhos, a participação nesses trabalhos é uma grande oportunidade para descobrir novas frentes contra a doença. “Estamos ao lado de alguns dos melhores centros de saúde de todo o mundo. Esperamos, com isso, melhorar os desfechos para os pacientes, diminuindo ou eliminando ao máximo as chances de recidivas do câncer”, afirma o especialista.
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