Nesta segunda-feira, 02 de março, o balanço mundial da epidemia do novo coronavírus ultrapassou a marca de 3.000 mortes, ao mesmo tempo que aumentam os casos de contágios na Itália e na Coreia do Sul. As autoridades da China anunciaram 42 falecimentos nesta segunda-feira, o que eleva o número de mortos no país a 2.912 e o balanço mundial a mais de 3.000.
Os 202 novos contágios registrados na China continental representam a menor quantidade diária desde o fim de janeiro. Fora da província de Hubei, epicentro da epidemia, a retomada das atividades, paralisadas há várias semanas, era visível, com alguns engarrafamentos em Pequim.
A epidemia de Covid-19 parece em queda no país asiático, onde foram adotadas medidas de quarentena para mais de 50 milhões de pessoas, mas piora em outros países do mundo. A Coreia do Sul, o país com o ritmo mais acelerado de propagação da epidemia, anunciou nesta segunda-feira quase 500 novos contágios, o que eleva o total a mais de 4.000. O país também registrou mais quatro mortes (22 no total).
A prefeitura de Seul iniciou uma ação por homicídio contra os líderes da Igreja de Jesus Shincheonji, principal vetor da epidemia. O movimento religioso, considerado por seus críticos uma seita, é acusado de não ter permitido ações para impedir a propagação do coronavírus. O líder da seita, relacionada à metade dos casos do novo coronavírus na Coreia do Sul, pediu desculpas pela responsabilidade de sua organização na propagação da epidemia.
“Quero oferecer minhas mais sinceras desculpas ao povo, em nome dos membros”, disse Lee Man-hee, fundador da Igreja Jesus Shincheonji, em Gapyeong (norte). O homem de 88 anos se ajoelhou duas vezes antes de se prostrar, com a testa no chão, diante da imprensa. “Não foi intencional, mas muitas pessoas foram infectadas”, lamentou o líder do movimento controverso, muito criticado no país.
A Itália detectou quase 500 novos contágios no domingo, um aumento exponencial que eleva o balanço a quase 1.700 no país. Também anunciou mais cinco mortes (34 no total), em três regiões do norte do país: Lombardia, Emilia Romagna e Veneto. A França, um novo eixo de contágio na Europa, contabiliza 130 casos e duas mortes. O Museu do Lovure da capital francesa, que em 2019 recebeu 9,6 milhões de visitantes, permaneceu fechado no domingo, depois que os funcionários reivindicaram o direito de interromper o trabalho em consequência da epidemia. A Feira do Livro de Paris também cancelou a edição de 2020.
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