Operação de criptomoedas abala investidores gaúchos

Empresa, com sede em Balneário Camboriú, tornou-se o epicentro de um grande caso de polícia, envolvendo suspeitas de operar um esquema de pirâmide financeira e de lavagem de dinheiro.

Investidores de criptomoedas no Rio Grande do Sul, especialmente das cidades de Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Frederico Westphalen, Panambi, Passo Fundo, Santa Maria, Bento Gonçalves, Lajeado, Estrela, entre outros municípios do Estado, encontram-se em uma situação delicada após aplicarem seus recursos através da Sbaraini Capital. 

Esta empresa, com sede em Balneário Camboriú, Santa Catarina, tornou-se o epicentro de um grande caso de polícia, envolvendo suspeitas de operar um esquema de pirâmide financeira e de lavagem de dinheiro. Um dos casos mais chocantes envolve um executivo gaúcho que investiu a soma impressionante de 50 milhões de reais, e que já deu início a um processo judicial buscando reparação.

O impacto dessa turbulência afetou mais de 16 mil investidores, com um valor agregado a recuperar que supera os R$2,6 bilhões. A maioria desses investidores reside na região Sul do país, tornando o caso de particular interesse para os gaúchos. Alex Gallio, especialista em ativos digitais e sócio do escritório Boschirolli e Gallio Advogados Associados, assumiu a frente legal desse embate, empenhado em restituir a justiça e os valores aos lesados.

O ponto de inflexão ocorreu em 28 de novembro de 2023, com a deflagração da Operação “Ouranós” pela Polícia Federal, que expôs as atividades ilícitas da Sbaraini Capital. A companhia oferecia rendimentos exorbitantes por meio de supostas operações de arbitragem em criptomoedas, sem qualquer respaldo ou autorização dos órgãos reguladores competentes, colocando em risco a segurança e a legalidade dos investimentos.

A situação gerou um clima de desespero e angústia generalizados entre os investidores, muitos dos quais aplicaram significativas quantias, atraídos pela promessa de rentabilidades atraentes de 2% a 3% ao mês, descontando apenas o Imposto de Renda. Gallio, diante desse cenário, recebe uma enxurrada de contatos diários de pessoas buscando amparo legal contra a empresa, evidenciando a gravidade e extensão do problema.

Conforme o especialista, este caso evidencia os riscos latentes no mercado de criptomoedas, marcado por promessas de lucratividade rápida e fácil, mas que, na realidade, podem esconder armadilhas e práticas fraudulentas. A experiência dos investidores gaúchos com a Sbaraini Capital serve como um alerta para a necessidade de maior vigilância e cuidado ao investir em ativos digitais, destacando a importância de operações transparentes e regulamentadas neste volátil setor financeiro.

QUEM É ALEX GALLIO?

Alex Gallio, sócio do escritório Boschirolli e Gallio Advogados Associados, atualmente presidente da OAB Subseção de Cascavel-PR, e tem uma sólida trajetória de 23 anos como advogado, durante os quais ele adquiriu uma profunda expertise em diversas áreas do direito. Sua especialização em ativos digitais e smart contracts o posiciona como uma figura de destaque no campo dos negócios e transações digitais.

Ao longo de sua carreira, Alex Gallio tem assessorado uma ampla gama de clientes, incluindo empresas, startups e indivíduos, em questões legais relacionadas à tecnologia, societário, planejamento patrimonial e tributário, além de ativos digitais. O advogado é reconhecido como uma referência em direito digital, tendo contribuído significativamente para a evolução e compreensão das questões legais emergentes no ambiente digital. Sua experiência abrange desde a regulamentação de criptomoedas até a resolução de litígios relacionados as transações online e proteção de dados.


Analista de Comunicação e Marketing – Camajo Comunicação | Foto: Divulgação

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