Paris e outras oito cidades da França voltam com o toque de recolher

  • 16 de outubro de 2020
  • Sol FM

Nesta sexta-feira, 16 de outubro, milhões de franceses se preparam para desfrutar de uma última noite de liberdade antes do toque de recolher decretado pelo governo a fim de impedir o avanço da Covid-19 em Paris e em outras oito grandes cidades do país.

Cidades como Paris, Marselha, ou Lille, serão afetadas por essa medida, que proíbe circular pelas ruas entre 21h e 6h, exceto em casos excepcionais, por pelo menos um mês. A medida entrará em vigor à meia-noite (19h em Brasília) desta sexta-feira. O objetivo é limitar, de maneira indireta, as reuniões na esfera privada, onde os contágios se multiplicam.

As autoridades de saúde reportaram um recorde de mais de 30 mil novos casos de coronavírus nesta quinta-feira, 15  de outubro, com 88 mortes e mais de 200 novas internações em terapia intensiva em 24 horas. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, está pressionando o governo para suavizar as regras para teatros, cinemas e outros locais culturais para que os clientes possam voltar para casa mais tarde.

Os donos de restaurantes também criticam a medida. Segundo eles, faz pouco sentido, dadas as normas de distanciamento social já aplicadas em seus estabelecimentos. A prefeita de Marselha, Michèle Rubirola, contestou uma medida que diz ser resultado de ações insuficientes do governo para reforçar os sistemas hospitalares nos últimos meses.

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, confirmou ontem que o toque de recolher exige que quase todos os negócios fechem as portas às 21h, exceto aquelas consideradas essenciais. Será necessário obter autorização para circular entre 21h e 6h. Os infratores terão de pagar uma multa de 135 euros (US$ 160).

As autoridades também proibiram casamentos e outras festas em locais públicos, bem como festas de estudantes, e pediram à população que limite as reuniões em casas particulares a seis pessoas. “Precisamos agir. Precisamos colocar um freio na propagação do vírus”, disse o presidente Emmanuel Macron na quarta-feira, ao anunciar o toque de recolher. Mais de 33 mil pessoas morreram na França desde o início da pandemia de Covid-19 em março.


 

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