Secretária Simone Stülp tem reuniões com governo, academia e inciativa privada e ainda participa do South Summit Madrid
Na Espanha para um roteiro de inovação, que inclui a participação no South Summit Madrid 2023, de 7 a 9 de junho, a secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp, iniciou, nesta segunda-feira (5/6), uma série de reuniões para observar experiências e políticas locais de promoção da inovação. No primeiro dia, manteve contato com pesquisadores do Instituto de Economia y Geografia do Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC) para tratar de estratégias aplicadas à produção primária.
Conforme Simone, a agenda no CSIC teve como objetivo buscar referências para o desenvolvimento da política de inovação do governo gaúcho. “Além disso, as agendas que antecedem o South Summit Madrid proporcionam fazermos a aproximação entre setores de interesse e pensarmos políticas públicas em áreas comuns entre o Rio Grande do Sul e a Espanha”, avaliou.
No CSIC, o grupo liderado por Simone, composto pela chefe de Gabinete, Soraia Zanchi, e pela diretora de Gestão da Inovação, Paola Schaeffer, teve uma reunião de trabalho com o pesquisador Javier Sanz Cañada sobre como é possível elevar o nível de tecnologia aplicada à produção primária, com foco no desenvolvimento da cadeia do azeite de oliva, área em que a Espanha, além de maior produtora, também é referência mundial.
“É interessante pensar em modelos de governança locais, com foco em vários aspectos, inclusive o logístico, ajudando a organizar a produção e até mesmo o consumo”, explicou Sanz, que também destacou a importância da produção sustentável e da articulação cooperativa.
O grupo se reuniu com a pesquisadora Ruth Rama, que atualmente investiga modelos de inovação da iniciativa privada. Ela defendeu a necessidade de se intensificar a cooperação, mesmo em um momento de crise mundial. No caso brasileiro, a pesquisadora entende que é imprescindível ao país aumentar o nível de absorção de tecnologia na produção primária.
“Tecnologias disruptivas, como a biotecnologia e as tecnologias de informação e comunicação, estão afetando a agroindústria e é preciso compreender este processo”, afirmou, lembrando que o Brasil pode converter este alerta em oportunidade para conquistar novos mercados.
Nas duas ocasiões, os pesquisadores do CSIC alertaram para a relevância do elemento ambiental na produção agrícola, com foco em processos sustentáveis e apoiados nas economias locais. Depois do encontro, o grupo conheceu o projeto Matadero Madrid, uma área onde funcionava uma estrutura de abate de animais e que foi transformada em centro de produção artística, digital e articulação da indústria criativa. “Mais uma inspiração para como podemos também converter os nossos espaços urbanos em locais de estímulo à inovação”, disse Simone.
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