Apesar da enchente e diminuição na produção da pecan neste ano, a avaliação é de uma boa colheita e produção de cerca de 7 mil toneladas em 2025
O ano de 2024 foi difícil para o setor da pecanicultura mas se encerra com uma perspectiva de colheita excelente. Para 2025, a expectativa é repetir ou até aumentar a produção de 2023, que foi de 7 mil toneladas. Com os prejuízos enfrentados após a enchente de maio que atingiu o Rio Grande do Sul, houve uma necessidade de reestruturação tanto internamente nas propriedades quanto nos trabalhos realizados pelo Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan). Esse esforço da entidade e dos produtores oportunizou mudanças positivas para os próximos cinco anos, seja em nível nacional ou internacional.
O ex-presidente da entidade, Eduardo Basso, fez esta avaliação ao encerrar o seu mandato no último dia 7 de dezembro quando foi eleita uma nova diretoria. Segundo ele, foi um ano de grandes inseguranças, com a probabilidade de uma produção entre 4 e 4,5 mil toneladas de pecan, “e na realidade está com pouco mais de 2 mil toneladas”. Salientou que os desafios continuam e que é preciso melhorar a qualidade da noz-pecã para trabalhar com um padrão de qualidade internacional que permita ao produtor participar dos preços internacionais. “Aliar qualidade com uma boa produtividade faz com que o lucro do produtor fique preservado”, afirmou, destacando a necessidade de investir mais no setor e qualificar mais a gestão. “É um tempo interessante de mudanças, as inseguranças nacionais e internacionais são claras, e as oportunidades nesse momento aparecem”, observou.
O ex-presidente do IBPecan salientou que o Instituto tem como propósito, em primeiro lugar, defender os interesses do produtor e, sem dúvida, seguir desenvolvendo o setor, seja na parte técnica, seja na qualificação da gestão. “Não precisamos nos aborrecer demais com o que aconteceu em 2024, mas nos envolver cada vez mais nos propósitos e nos desafios que teremos para o próximo ano”, finalizou Basso, agradecendo toda a equipe da entidade e desejando sucesso ao novo presidente Claiton Wallauer.
Para o presidente recém empossado, todo o trabalho que foi feito no passado começa a se concretizar agora no final de 2024, com licenças fitossanitárias sendo liberadas e oportunidades de novos mercados, que estão se abrindo de uma forma mais constante. “Acredito que o crescimento da pecan, por meio desta safra que está se mostrando muito boa, vai potencializar essas aberturas de mercado através de um produto de qualidade para o comércio externo e interno”, destacou.
Wallauer colocou, ainda, que o mais importante é a união do setor, com todos os seus elos, indústria, metal mecânica, o pequeno, médio e o grande produtor. “Todos os apaixonados pela cultura devem estar juntos por um mesmo propósito, que é o crescimento mútuo da cadeia produtiva da noz-pecã”, declarou.
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