Especialista da SPRS explica que a otite média não é causada pelo contato com a água de piscina, mas alerta para os riscos da otite externa
Com a chegada do verão, muitas crianças passam a frequentar piscinas e praias, e é comum que alguns pais se preocupem com possíveis infecções de ouvido. A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) esclarece que a otite média — uma infecção que ocorre na parte interna do ouvido e é uma das mais comuns na infância — não está relacionada ao contato com a água. No entanto, os pais devem ficar atentos à otite externa, uma infecção que afeta a pele do canal do ouvido e pode ser provocada pela exposição prolongada à umidade.
O otorrinolaringologista pediátrico, Dr. José Faibes Lubianca Neto, da SPRS, explica que, enquanto a otite média ocorre devido a fatores como resfriados e infecções respiratórias, a otite externa pode estar associada ao acúmulo de umidade no canal do ouvido.
“A otite média, que é uma infecção interna, não é causada pela água. Já a otite externa, que afeta a pele do canal auditivo, pode ocorrer em crianças que ficam muito tempo expostas à água. Essa infecção geralmente causa dor e, em alguns casos, secreção”, explica o Dr. Lubianca Neto.
O pediatra reforça que, embora a otite externa não afete a audição de forma permanente, ela pode ser dolorosa e incômoda. Para prevenir, ele recomenda que os pais incentivem o uso de protetores de ouvido adequados para as predispostas e evitem que as crianças fiquem com o canal auditivo úmido por longos períodos.
“Secar o canal auditivo após o banho ou o mergulho ajuda a evitar a otite externa, especialmente em crianças que gostam de passar bastante tempo na água”, conclui.
Sobre a Sociedade de Pediatria do RS
A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica.
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