Surto de intoxicação por suspeita de consumo de picolé em Xangri-Lá

  • 21 de outubro de 2020
  • Sol FM

Na terça-feira, 20 de outubro, a Secretaria Estadual da Saúde de Xangri-Lá (SES) emitiu um alerta sobre o consumo de picolés da marca Frutibom, após um surto de intoxicação no Litoral Norte do Estado. Mais de 140 pessoas procuraram atendimento médico na cidade.

Na segunda-feira, 19 de outubro, o Programa Estadual de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar foi notificado sobre a ocorrência de casos, principalmente em crianças, que buscaram atendimento. Os pacientes tiveram sintomas como náusea, vômitos, dor abdominal e diarreia após a ingestão de picolés da empresa Caliston Otoniel Oliveira, que fabrica a marca Frutibom.

Até o momento, cerca de 200 casos já foram identificados em Sapiranga e Xangri-lá, além de relatos ainda não contabilizados nas cidades de Canela e Gramado, informou a SES. Todas as pessoas foram atendidas ambulatoriamente, sem necessidade de hospitalização, de acordo com a secretaria.

Após os casos, a empresa passou a ser investigada por suspeita de causar surto de doença de transmissão hídrica alimentar. A SES informou que amostras do produto e da água utilizada na produção foram encaminhadas para análise laboratorial, assim como exames de pessoas com sintomas para a identificação da doença.

A SES informou também que o local não possuía licença para a produção do alimento.

Fabricante nega

O fabricante da marca, Caliston Otoniel Oliveira, informou ao portal G1 que não há comercialização dos picolés no Litoral Norte. De acordo com ele, os produtos são vendidos apenas em Sapiranga, na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde a empresa está localizada.

“Eu comercializo o meu picolé somente em Sapiranga. Eu não sei como, o meu picolé nem sequer vai até lá [Litoral]. Tenho minha produção de picolé aqui. Um mercadinho vem e compra de mim. Eu não tenho controle dos meus clientes, pra onde tão levando. Não há lógica. Eu tenho total certeza da procedência do meu picolé”, afirma Caliston.

Ele relata que está auxiliando a Vigilância em Saúde nas análises que estão sendo realizadas nos produtos usados na fabricação dos picolés, e acrescentou que, na sexta-feira, 23 de outubro, um laudo completo deve ficar pronto. “Estarei provando com esse laudo que meu picolé não tem nada a ver com isso”, diz. Sobre a licença para a produção, o fabricante explica: “Meus alvarás estão em andamento, pois a procedência do meu picolé está tudo ok”.

A Vigilância Estadual em Saúde alerta que todas as vigilâncias municipais devem notificar casos identificados do surto. “Todos os produtos (gelados comestíveis) Marca Frutibom não devem ser consumidos como medida preventiva até a finalização da investigação”, informa.

Recomendações da Secretaria da Saúde

Em caso de ingestão de produtos da marca Frutibom, os consumidores que apresentarem qualquer sintoma como náusea, vômitos, dor abdominal e diarreia, devem seguir as seguintes orientações:

  • Contate imediatamente a Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de seu município ou para o Disque-Vigilância do CEVS, através do fone 150;
  • Procure atendimento médico, caso necessário;
  • Mantenha o produto na embalagem original, fora do alcance de crianças;
  • Caso possua unidades fechadas do produto em seu poder mantenha-o guardado até novas orientações da vigilância.

 

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