Vacina contra o HPV passará a ser aplicada em dose única

Presente no calendário de imunização desde 2014, a vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) passou por uma mudança importante em seu esquema vacinal. Depois de dez anos sendo aplicada em duas doses, o imunizante será em dose única a partir deste ano. Disponível no Sistema Único de Saúde para meninas e meninos de nove a 14 anos, a vacina é direcionada, principalmente, para indivíduos que ainda não iniciaram a vida sexual.

O Ministério da Saúde adotou a recomendação após estudos científicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) concluírem que apenas uma dose da vacina protege na mesma proporção que duas ou três.

Com a mudança, o Brasil se junta a 37 países que já aplicam a dose única. Além de garantir a proteção e reduzir a quantidade de doses, o novo esquema vacinal é estratégico para aumentar a adesão à vacinação, contribuindo para ampliar a cobertura e reduzir a incidência de cânceres relacionados à infecção por HPV.

De acordo com especialistas, um dos grandes desafios da vacina contra o HPV no Brasil é a falta de adesão ou o esquema vacinal incompleto. “Ela não é exclusiva para as meninas; ela também deve ser utilizada nos meninos. Pessoas imunossuprimidos e com algumas condições específicas também tem a faixa etária ampliada para a vacina”, explica a médica oncologista da Secretaria da Saúde, Sheila Ferreira.

O HPV é um vírus muito comum que causa infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Pode provocar verrugas e lesões em tecidos orais e genitais e levar ao desenvolvimento de câncer no colo de útero, na vulva, na vagina, no pênis, no canal anal e na boca.

A vacina é gratuita e acessível nas Unidades Básicas de Saúde do Estado para pessoas de nove a 14 anos. Também contempla outras especificidades previstas no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Quem já havia tomado a primeira dose do esquema vacinal anterior não precisa retornar para a segunda dose. A dose única já garante a proteção.


GOV RS | Texto: Mariana Ribeiro/Ascom SES | Edição: Secom

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