Decisão do presidente Lula em vetar integralmente o projeto de manutenção do modelo atual ameaça empresas do comércio e serviços
A Federação Varejista do Rio Grande do Sul expressa sua contrariedade diante do veto do presidente Lula à prorrogação da desoneração da folha de pagamentos, uma medida que impacta diretamente 17 setores econômicos, incluindo alguns diretamente ligados ao varejo como confecção e vestuário, calçados, couro, têxtil, construção civil, empresas de construção e obras de infraestrutura, fabricação de veículos, e transporte em três modais: metroferroviário, rodoviário coletivo e rodoviário de cargas.
Segundo dados da PNAD Contínua (IBGE), o setor de serviços representa aproximadamente 50% dos empregos e o comércio mais 18% A desoneração da folha de pagamentos, adotada para diversos setores desde 2011, permite que empresas paguem alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez dos 20% sobre a folha de salários. Esta medida beneficia os setores que mais empregam no país, proporcionando alívio financeiro e contribuindo para a manutenção dos postos de trabalho.
Ivonei Pioner, presidente da Federação Varejista do Rio Grande do Sul, expressa perplexidade diante da decisão do presidente Lula, destacando os prejuízos iminentes e o risco de quebra financeira de empresas.
“É lamentável e preocupante. O comércio, em especial os segmentos de confecção e vestuário, calçados, couro e têxtil, está diretamente prejudicado com a decisão. Outros segmentos que se relacionam com o varejo também sentirão os efeitos. Então é uma ameaça real de recessão econômica”, afirmou.
Pioner ressalta a confiança de que o Congresso Nacional, ao analisar a matéria, compreenderá a gravidade da situação e derrubará o veto presidencial, assegurando a estabilidade econômica e a continuidade das atividades comerciais no estado.
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