5 ações imediatas para transformar a Reforma Tributária em vantagem competitiva

Sem preparo, empresas podem ter custos desnecessários durante a transição para o novo modelo de tributação. Saiba o que fazer para evitar surpresas

A Reforma Tributária não é uma vilã, mas a falta de informação pode levar empresas a arcarem com custos desnecessários durante o período de transição, que já começou. De maneira geral, o novo regime pode impactar três áreas: financeiro, fiscal e operacional. Para evitar prejuízos, conversamos com o Renata Melloni, Diretora‑Executiva de Operações (COO) da B2Finance, especialista em tecnologia aplicada a soluções personalizadas para processos contábeis, fiscais e financeiros, sobre como as empresas podem se antecipar às mudanças para aproveitar as oportunidades e garantir vantagem competitiva.

Quais os impactos da Reforma Tributária?

A Reforma Tributária visa simplificar a complexidade tributária do país. Embora o projeto estabeleça um longo período de transição, com implementação total até 2033, alguns entendimentos começam a valer neste ano. Em junho, o novo sistema de apuração e arrecadação entrou em fase de testes e daqui há seis meses, o novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) entrará em vigor. O IVA Dual de padrão internacional combina o imposto de ordem federal (CBS) e de ordem estadual e municipal (IBS), substituindo cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS).

“Caso a empresa não esteja apta a calcular e recolher os novos tributos corretamente, haverá custos não planejados com penalidades e juros, além de perda de créditos devido a falhas na rastreabilidade fiscal e documental e o aumento do custo de conformidade, por adequações feitas em cima da hora, com soluções emergenciais e ineficientes. Além disso, caso haja erros na apuração de IBS/CBS, consequente a empresa estará exposta a receber autos de infração. Tudo isso compromete a sustentabilidade do negócio, pois afeta diretamente a margem operacional, o fluxo de caixa e a imagem institucional”, explica o especialista.

5 passos para evitar prejuízos com a Reforma Tributária

Diagnóstico tributário e operacional: Se a Reforma Tributária ainda não é um tema relevante na sua empresa, cuidado para não ser pego de surpresa. É importante avaliar o impacto das mudanças no seu negócio, como o modelo de precificação, a margem e a cadeia de suprimentos. Este é o primeiro passo para antecipar possíveis riscos, mas também oportunidades conforme o tipo de operação e setor em que a empresa trabalha.

Revisão de processos e sistemas: Chegou a hora de atualizar cadastros de produtos e serviços com Nomenclatura Brasileira de Serviços (NBS), o sistema de classificação usado no Brasil para identificar e categorizar serviços, bens intangíveis e outras operações que geram variações no patrimônio. Também é importante observar as regras de tributação por ente, evitando surpresas. Se a empresa possui um ERP, verifique a aderência do sistema às novas exigências do IBS/CBS.

Centralização e qualificação de dado: Com a unificação dos tributos e o novo modelo baseado no crédito financeiro, será essencial que as empresas tenham dados integrados e precisos para a apuração correta dos valores devidos e créditos apropriáveis; evitar glosas de crédito por divergências cadastrais, fiscais ou operacionais; facilitar a integração contábil-fiscal, eliminando retrabalhos e erros entre diferentes sistemas (ERP, faturamento, compras, etc.); e atender às exigências do Ambiente Nacional de Dados, que exigirá consistência e qualidade em tempo real. Para isso, será essencial implementar ou reforçar sistemas de governança de dados fiscais que integre a área fiscal, contábil, de compras, faturamento e TI.

Treinamento e capacitação: Com a necessidade de adaptar ERPs e sistemas fiscais para novas regras de cálculo, escrituração e geração de obrigações acessórias, é importante capacitar o time interno para as mudanças antes que elas se tornem obrigações. É interessante promover workshops internos e treinamentos técnicos com foco nos impactos da reforma para cada área da empresa. Ao agir agora, a empresa não só evita riscos como ganha vantagem competitiva, aproveitando incentivos, otimizando carga tributária e fortalecendo a governança fiscal.

Apoio estratégico especializado: A reforma pode ser apenas uma obrigação fiscal ou pode ser um gatilho para evoluir a gestão como um todo. Para uma adequação segura e efetiva, a tecnologia será a protagonista para garantir a conformidade fiscal e evitar riscos financeiros. Trabalhar com parceiros como a B2Finance para monitorar a legislação, interpretar regras e executar projetos de adequação tributária sob medida, e, inclusive, ajudar na qualificação da equipe interna, reduz falhas e garante uma transição bem-sucedida, com segurança de dados e conformidade tributária.


Trópico Comunicação

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