Queda na cobertura vacinal e alta nos registros reacendem debate sobre saúde pública no Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul enfrenta um preocupante aumento nos casos de coqueluche, alcançando um recorde na última década. Segundo a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), essa situação é decorrente da redução nas taxas de imunização e do comportamento cíclico característico da epidemiologia da doença. A entidade destaca a necessidade de ações eficazes para ampliar a vacinação, especialmente entre crianças e adolescentes.
Nos últimos anos, fatores ideológicos têm impactado negativamente a adesão às campanhas de imunização, agravando o cenário. “O ativismo anti-vacina, associado a questões ideológicas, é um fator relativamente novo no Brasil, mas que já contribui de forma significativa para a queda das coberturas vacinais. Iniciativas como a Campanha de Multivacinação, que busca elevar a cobertura de 88% para a meta de 95%, são cruciais para fortalecer a proteção coletiva e conter os casos”, afirma o infectopediatra da SPRS, Dr. Marcelo Scotta.
Embora não seja possível medir a procura específica por vacinas, como a pentavalente, durante a campanha, a SPRS reforça que os esforços para aumentar a imunização em geral são indispensáveis. Além disso, a entidade enfatiza o papel dos exames diagnósticos na contenção da doença. “Quanto mais pacientes são identificados e tratados, menor é a propagação da coqueluche“, complementa o médico.
A SPRS segue empenhada em promover a saúde pública e conscientizar sobre a importância da vacinação para garantir um futuro mais seguro para as próximas gerações.
Sobre a Sociedade de Pediatria do RS
A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica.
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