Por Gabriel César Dias Lopes
Sou autor do livro “Conformidade e Excelência: Garantia da Qualidade no Ensino Superior” e, mais do que escrever sobre o tema, vivo diariamente os desafios que ele impõe. Por isso, gostaria de compartilhar uma reflexão que me acompanha desde os primeiros rascunhos dessa obra: a conformidade, muitas vezes vista como um fardo burocrático, pode ser a chave para uma revolução silenciosa na educação superior.
Em diversas instituições com as quais tenho dialogado, percebo uma resistência inicial à ideia de “seguir normas”. Entendo. A burocracia desgasta, os prazos apertam, e o dia a dia nem sempre permite uma análise mais profunda do propósito por trás das exigências legais. Mas foi justamente ao observar os impactos da não conformidade — alunos prejudicados, cursos descredenciados, diplomas sem validade — que compreendi: as normas são, na verdade, uma proteção coletiva.
Quando uma universidade escolhe não apenas cumprir o mínimo exigido, mas fazer disso uma cultura institucional, os resultados vão muito além das planilhas. A qualidade se enraíza. Os alunos sentem orgulho. Os docentes ganham clareza. E a instituição se fortalece como um espaço ético e transformador.
Escrevi este livro para provocar, sim. Para mostrar que conformidade não é sinônimo de rigidez, mas de compromisso com o futuro dos estudantes e da sociedade. A excelência, nesse contexto, deixa de ser um ideal distante e passa a ser uma consequência prática e palpável de boas escolhas diárias.
Espero que os leitores, especialmente aqueles que ocupam cargos de gestão acadêmica, encontrem nas páginas desta obra um convite à ação. Um lembrete de que é possível — e necessário — fazer da conformidade um caminho para a excelência genuína.
Gabriel César Dias Lopes
Autor e educador
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