Reposição hormonal não é vilã: abordagem integrativa desmistifica mitos sobre o tratamento na menopausa

  • 9 de setembro de 2025
  • Sol FM

Dra. Márcia Alvernaz, médica especialista em Ginecologia e Obstetrícia e diretora clínica da Integrative Ipatinga, explica como a terapia hormonal personalizada devolve qualidade de vida às mulheres e rompe com tabus infundados

A menopausa é uma fase natural na vida da mulher, marcada pela cessação da menstruação e por uma série de mudanças hormonais. No entanto, muitos mitos e desinformações cercam esse período, especialmente em relação à terapia de reposição hormonal (TRH). Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 30 milhões de mulheres no Brasil estão na faixa etária do climatério e menopausa. Apesar disso, apenas metade delas busca algum tipo de tratamento para aliviar os sintomas.

Entre os principais sintomas da menopausa estão ondas de calor, insônia, alterações de humor, fadiga persistente, irritabilidade e diminuição da libido. Esses sintomas podem impactar significativamente a qualidade de vida, afetando o bem-estar físico e emocional das mulheres.

A Dra. Márcia Alvernaz destaca que a baixa adesão à TRH está relacionada a diversos fatores, incluindo medo de efeitos colaterais, como o risco de câncer, e a falta de informação adequada. “A TRH, quando bem indicada e monitorada, é segura para a maioria das mulheres. É importante desmistificar a ideia de que a reposição hormonal causa câncer. Os hormônios não iniciam o câncer, mas podem promover o crescimento de tumores já existentes. Por isso, é fundamental uma avaliação individualizada antes de iniciar o tratamento“, explica a médica.

Retomada da vitalidade e abordagem da integrativa

A Medicina Funcional Integrativa propõe uma abordagem personalizada, considerando a individualidade de cada paciente. Isso inclui uma avaliação clínica detalhada, exames laboratoriais específicos e a consideração de fatores como estilo de vida, alimentação e saúde emocional. “Exame sem sintoma é estatística; sintoma sem escuta é negligência“, enfatiza a Dra. Márcia.

A TRH pode ser administrada de diferentes formas, como via oral (comprimidos), transdérmica (adesivos ou géis) e subcutânea (implantes). A escolha da via de administração deve ser feita em conjunto com o profissional de saúde, considerando as necessidades e preferências da paciente.

Para além da reposição hormonal, a Medicina Funcional Integrativa inclui estratégias como suplementação nutricional, ajustes alimentares e práticas integrativas (como acupuntura e meditação) para promover o equilíbrio hormonal e o bem-estar geral.

A Dra. Márcia ressalta que a TRH não é indicada para todas as mulheres. “Existem contraindicações, como histórico de câncer de mama. Por isso, é essencial uma avaliação criteriosa para determinar a melhor abordagem para cada paciente”, afirma.

Em resumo, para a especialista a reposição hormonal, quando indicada e monitorada adequadamente, pode ser uma ferramenta valiosa para melhorar a qualidade de vida das mulheres na menopausa.


Corp Comunicação | Foto: Divulgação

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