O Canil da 7ª Delegacia Penitenciária Regional (DPR), da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) alcançaram, em seis meses, a marca de 306 atendimentos do projeto Focinho Amigo Cinoterapia. A técnica terapêutica trabalha com cães para suporte emocional e também para o desenvolvimento de funções cognitivas.
Desde que foi implementado, em outubro de 2022, o programa tinha o propósito inicial de atender 20 pacientes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), nos três níveis de apresentação da patologia. Além de aumentar o número de pacientes assistidos, o projeto também passou a atender pessoas com síndrome de down.
O Focinho Amigo trabalha com um cão da raça border collie, chamado Aspen, que acompanha os pacientes com TEA; e um da raça golden retriever, de nome Queen, que auxilia as pessoas com síndrome de down.
Os animais são mediadores do processo terapêutico e atuam no desenvolvimento da interação social e de aspectos comportamentais, estimulando os sentidos cinestésicos e os órgãos sensoriais. O tratamento é voltado para crianças, adolescentes e adultos.
Os atendimentos são realizados em grupos de até cinco pessoas ou individualmente, e ocorrem todas as quartas-feiras. As sessões duram de 30 minutos a 1h30 e são acompanhadas pelos técnicos Laiz Dotto e Cristian Roider.
“A cinoterapia tem se mostrado uma ferramenta terapêutica de grande importância para pacientes com Transtorno do Espectro Autista e síndrome de down. Com esse tratamento, é possível promover maior interação social, reduzir a ansiedade e melhorar a comunicação e a motivação dos pacientes”, explica Roider. “No caso dos pacientes com síndrome de down, os ganhos estão relacionados à melhora da coordenação motora, confiança, memória e autoestima.”
A interação com os animais trabalha diferentes aspectos como linguagem verbal (oral, escrita e leitura) e não verbal; raciocínio lógico-matemático; memória e atenção. Também estimula a autonomia, a autoestima e o autocontrole. Essas habilidades fortalecem as relações interpessoais e a formação de vínculos afetivos dos pacientes.
“Os pacientes mais graves acabam superando as expectativas com a cinoterapia. Isso é um grande indicador da efetividade do tratamento. Cada paciente é acompanhado caso a caso, assim como a evolução de cada um”, destaca o delegado da 7ª Região Penitenciária, Fernando Demutti.
Imagens publicadas com autorização dos responsáveis
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