Iniciativa estadual fortalece vínculo mãe-bebê com a disponibilização de enxoval para os recém-nascidos
Lançado pelo Governo do Rio Grande do Sul no início de 2024, o programa Mãe Gaúcha tem transformado a maternidade de quem mais precisa. Até o momento, foram distribuídos 36 mil kits com itens essenciais para os primeiros dias de vida. Um total de 327 municípios já aderiu à segunda edição da iniciativa, que começou em novembro de 2024 e segue aberta para inscrições.
A iniciativa, realizada por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), atende gestantes em situação de vulnerabilidade social, fortalecendo vínculos por meio da entrega dos kits de enxoval – os quais incluem itens como cobertor, toalha de banho com capuz, casaquinho de moletom, macacões longos e curtos, bodies, culotes e meias. Para participar, as mães que vivem nos municípios inscritos precisam estar com o pré-natal em dia, ser inscritas no Cadastro Único, receber o benefício do Bolsa Família ou estar aguardando o deferimento da inscrição na inciativa federal.
Compete às prefeituras participantes a entrega dos kits diretamente às beneficiárias. As prefeituras são responsáveis por prestar contas semestralmente das entregas. Os polos de distribuição estão localizados em Lajeado, Caxias do Sul, Frederico Westphalen, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Maria, Santo Ângelo e Uruguaiana.
Para se inscreverem, os municípios devem enviar um termo de adesão, assinado pelo prefeito, junto aos demais documentos indicados no edital, para o e-mail maegaucha@social.rs.gov.br.
Abraço
A história de Carine dos Santos, 22 anos, resume a realidade de muitas mães do Rio Grande do Sul que enfrentam com coragem a maternidade. Mãe solo do pequeno Cauã, ela encontrou no programa do governo um apoio essencial em um dos momentos mais desafiadores da vida. Neste domingo (11/5), data em que se celebra o Dia das Mães, a história de Carine é um retrato sensível da força feminina e do impacto que políticas públicas podem ter.
A trajetória que levou Carine até o programa foi marcada por desafios desde o momento em que descobriu a gravidez. “Eu já tinha certeza que estava grávida, mas não processava a informação na minha mente. Porque eu não poderia, até então, ter filho. Senti muito medo de perdê-lo e tive dificuldades até mesmo para me apegar à gestação”, conta. Quando realizou a primeira ecografia e viu o bebê se mexer na barriga, a jovem conseguiu confiar que a gravidez seguiria de forma saudável, permitindo que o laço afetivo se estabelecesse de forma definitiva.
Carine se lembra com exatidão do dia em que ficou sabendo, por meio de um telefonema, que receberia o kit Mãe Gaúcha. “Coincidentemente, eu tinha perguntado, um dia antes, no Centro de Referência em Assistência Social, como fazia para ganhar a bolsa. Na semana em que recebi o enxoval, as coisas estavam bem difíceis”, conta.
Quando pegou o kit, a jovem ficou maravilhada com os materiais. “Eu me encantei com o cobertor. Era grosso, lindo, bem quentinho. Eu abraçava-o e dizia para minha mãe: ‘é perfeito‘”, relembra Carine. Outro item que chamou a atenção dela foram as meias. “Meia é uma item que a gente perde muito, né? E eu ainda não tinha comprado nenhuma para o meu filho”, lembra. Com poucas opções para enfrentar o inverno rigoroso do Vale do Rio Pardo, o enxoval oferecido pelo programa garantiu alívio e aquecimento.
Agora com uma bolsa espaçosa e todos os itens organizados, Carine finalmente conseguiu montar um enxoval completo para o bebê. A ajuda permitiu não apenas um ganho material, mas também emocional – um respiro em meio à sobrecarga como mãe solo.
Cuidado que acolhe
Para o titular da Sedes, Beto Fantinel, o programa é mais uma iniciativa que evidencia a atenção especial dada pelo governo estadual à primeira infância. “O Mãe Gaúcha gera acolhimento, cuidado e atenção, e visa reduzir as desigualdades da sociedade“, ressalta. “No âmbito do desenvolvimento social e das políticas públicas, temos alguns consensos. Um deles é o de que os cuidados com a primeira infância – os seis anos iniciais de vida – são base essencial para enfrentarmos as vulnerabilidades sociais.”
De acordo com a diretora do Departamento de Atenção à Primeira Infância, Kenia Fontoura, o programa vai ao encontro do objetivo principal da Sedes. “Com o projeto, damos acesso às pessoas em vulnerabilidade social, em especial às gestantes em situação de pobreza e extrema pobreza. O kit oferta itens essenciais – possibilitando, ao recém-nascido e à mãe, carinho, conforto e proteção”, afirma.
Mensagem às mães
Ao saber que 170 municípios do Estado ainda não aderiram ao programa, Carine deixa um recado para as mães. “Pesquisem, conheçam os programas e mobilizem-se, porque quanto mais mães souberem e forem atrás, mais os representantes do município irão se movimentar. E eu acredito que podemos avançar muito com o Mãe Gaúcha“, destaca.
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