Digitalização do crédito rural acelera o acesso ao financiamento e amplia a inclusão no agronegócio

O crédito rural é um dos principais motores da produção agropecuária brasileira, mas historicamente enfrentou entraves burocráticos que limitaram o acesso dos pequenos e médios produtores aos recursos financeiros. Segundo a pesquisa de 2023 do Governo Federal, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) tem promovido o diálogo com fintechs e empresas de tecnologia do setor, buscando acelerar a digitalização das operações de crédito rural e tornar o financiamento mais eficiente e acessível. Essas iniciativas apontam para uma mudança estratégica tanto no setor público quanto no privado, mostrando que a digitalização deixou de ser apenas uma tendência e passou a ser uma necessidade para acompanhar a complexidade e a escala do agronegócio moderno.

Ainda, percebe-se que tal cenário é respaldado por números expressivos. Conforme dados do Ministério da Agricultura e Pecuária, o Plano Safra 2023/2024 evidencia que as operações de crédito rural alcançaram R$ 344 bilhões. Desse total, mais de R$ 204 bilhões foram destinados ao custeio da produção, o que demonstra a centralidade do crédito no funcionamento da cadeia produtiva. Destaca-se ainda o papel dos pequenos e médios produtores, responsáveis por mais de 1,5 milhão de contratos (Pronaf e Pronamp), sinalizando uma democratização gradual do acesso ao financiamento. Além disso, mais de 50% dessas operações já ocorreram por meio digital, evidenciando que a tecnologia está transformando profundamente a dinâmica do crédito rural brasileiro.

Desse modo, as AgFintechs e os bancos digitais especializados no setor agro vêm desempenhando um papel relevante. Essas empresas têm oferecido soluções que automatizam a análise de risco, reduzem o tempo de aprovação e integram produtores, cooperativas e fornecedores em plataformas digitais, tornando o crédito mais seguro, acessível e adaptado às realidades regionais. Contudo, especialistas alertam que a digitalização só trará impacto sustentável se for acompanhada por investimentos em educação financeira no campo, padronização e qualidade dos dados, e colaboração efetiva entre todos os elos da cadeia produtiva.

Segundo Mayra Delfino, CEO do CONACREDI, Congresso Nacional do Crédito Agro, “a digitalização do crédito rural não representa apenas uma evolução tecnológica, mas uma estratégia fundamental para garantir a sustentabilidade e a competitividade do setor. Ela permite ganhos significativos em três aspectos centrais: agilidade no acesso aos recursos, segurança nas operações e ampliação do financiamento a perfis antes marginalizados do sistema financeiro tradicional.” Na avaliação da executiva, investir em tecnologia financeira deixou de ser um diferencial competitivo e passou a ser uma condição básica para que instituições financeiras e empresas do agro permaneçam relevantes em um setor cada vez mais dinâmico e interconectado.

 

Sobre o CONACREDI

Criado em 2018, o Congresso Nacional de Crédito no Agronegócio é o único congresso brasileiro que reúne gestores de crédito de indústrias, tradings, revendas, cooperativas e instituições financeiras para abordar sobre a concessão de crédito no Agronegócio. Anualmente, o evento debate as melhores práticas, inovações tecnológicas e tendências do mercado, criando um ecossistema de networking para profissionais e C-Levels do setor. Site: www.conacredi.com.br


Assessoria de Imprensa – Mention

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