Evento promovido pela Agptea ocorre em Porto Alegre e reúne delegações de escolas técnicas agrícolas do Rio Grande do Sul
A manhã de programação da 40ª edição do Encontro Estadual de Formação para Professores de Ensino Agrícola nesta quinta-feira, 27 de novembro, contou com a palestra “Carreira no Divã: A vida também tem safras”, que trouxe a proposta para que os docentes revisitem a sua trajetória profissional e compreendam as diferentes fases que marcam a vida e o trabalho. O evento está sendo realizado no Hotel Embaixador, em Porto Alegre (RS), e é uma promoção da Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea).
A palestra foi ministrada pela psicanalista e administradora Renata Miranda, da Universidade Federal do Pampa, campus Caçapava do Sul, e uma das coordenadoras do Projeto Montes Bárbaros, com mediação de Ivanoi Brito, da diretoria da Agptea. Renata iniciou a sua fala destacando que é preciso dar espaço para novas experiências, novos ciclos. Na sequência, citou exemplos de pessoas com carreiras lineares. “A linear segue uma trajetória estável e contínua dentro de uma mesma área ou setor até se aposentar”, explicou, salientando que a pessoa fica confortável neste espaço, “e está tudo bem”.
Renata seguiu falando sobre a carreira multipotencial, onde as pessoas têm interesses diversos e transitam por áreas diferentes ao longo da vida. “Essas pessoas sentem a necessidade de se reinventar a todo o instante e quando entendem isso alcançam uma paz de espírito e se sentem completos em seu ambiente de trabalho”, colocou, ligando essa mensagem ao trabalho do educador que “pode transformar processos a todo instante”. “O que diferencia as pessoas não é a capacidade, mas o modo de operar. Enquanto um se aprofunda numa única raiz, o outro floresce em múltiplos galhos”, sinalizou.
A palestrante também abordou a Teoria dos Setênios. “A cada 7 anos você se torna uma pessoa nova. A nossa vida tem fases, ritmos, períodos de expansão e de poda, e a carreira precisa acompanhar quem nós estamos nos tornando, e não quem fomos lá no início”, enfatizou. Renata também falou sobre a questão do trabalho não ser um fardo, mas um caminho de realização. Nesta parte fez uma reflexão sobre liderança humanizada, dizendo que “por trás de um CNPJ existe um CPF e nenhum CNPJ vale um AVC”.
Renata encerrou a sua fala trazendo a importância em ser feliz e não tentar agradar aos outros, e traçou vários perfis comportamentais. “É importante saber para onde que se vai e o que nos acompanhou por toda a vida. Mantendo o que está na nossa essência. Felicidade precede o sucesso”, concluiu, dizendo, que a carreira precisa acompanhar quem estamos nos tornando e não quem fomos um dia.
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