Em reunião realizada na quinta (16/2), as secretarias da Agricultura, Pecuária Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e de Desenvolvimento Rural (SDR) promoveram uma discussão sobre como estimular o uso do calcário nas lavouras gaúchas para a correção do solo, tornando-o mais resistente à estiagem. Embora tenha uma indústria capaz de disponibilizar o calcário para toda a área agrícola, a demanda ainda é menor do que a capacidade produtiva das empresas.
O encontro técnico reuniu os titulares da Seapi, Giovani Feltes, da Sedec, Ernani Polo, e da SDR, Ronaldo Santini. Representantes do Sindicato da Indústria do Calcário do Rio Grande do Sul (Sindicalc-RS) e da Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS-Ascar) também participaram da reunião.
Segundo o presidente do Sindicalc-RS, Carlos Cavalheiro, o calcário aumenta a produtividade da lavoura em 30%. Ele explicou que a produção atual do Estado é de 3,5 milhões de toneladas por ano, ao passo que o consumo é de 4 milhões. Isso significa que 500 toneladas são trazidas de Santa Catarina e Paraná, para abastecer locais próximos a esses estados. “Nossos estudos, com base nos dados de órgãos oficiais, indicam que a área agricultável do Rio Grande do Sul precisa de 10 milhões de toneladas”, pontuou.
Para os secretários, uma das formas de apoiar o setor industrial de calcário seria aumentar a conscientização dos produtores rurais sobre os resultados de lavouras que utilizam o produto. Isso poderia ser feito por meio de parceria com a Emater/RS-Ascar, órgão fundamental de assistência técnica que tem contato direto com os agricultores. Outra ação seria envolver a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para que a instituição também atuasse em sintonia com a Emater.
Feltes (Seapi) ressaltou que o uso do calcário agrega valor às lavouras. “Precisamos incentivar os produtores, para que comecem a utilizar o calcário e para que fiquem atentos à importância do uso para a conservação do solo e para o aumento da produtividade”, destacou.
O titular da SDR, Ronaldo Santini, realçou que a correção do solo é fundamental para ampliar a capacidade de produção e de recuperação do solo. “Os dados apresentados pela Emater demonstram a necessidade de estimularmos nossos agricultores para que essa prática se torne permanente”, frisou.
Para Polo (Sedec), todo manejo que contribui para o aumento de produção e de produtividade das lavouras deve chegar até o produtor. Ele também comentou sobre a indústria do calcário no Estado: “Temos dez indústrias, mas que estão produzindo menos do que a sua capacidade”. Ele acrescentou que essas empresas geram cerca de 1,8 mil empregos diretos e cerca de 7 mil indiretos. “Esses números podem dobrar, se os produtores conhecerem melhor os benefícios do calcário para as lavouras”, ressaltou.
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